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Fotografia: Marcelo Hermsdorf / RUM
Marcelo Hermsdorf

Regional 03.04.2025 14H53

Estudantes pedem melhores condições de ensino na Escola Profissional de Braga

Escrito por Marcelo Hermsdorf
Cerca de 50 estudantes estiveram à porta da unidade escolar por atenção às casas de banho, portáteis para alunos do 12º ano e mais micro-ondas no refeitório. 
Palavras de Gabriel Lima, Gonçalo Fernandes e Letícia Santana.

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Melhores condições de ensino e o direito a uma escola de qualidade. Estas foram algumas das reivindicações que levaram dezenas de alunos da Escola Profissional de Braga a organizarem uma manifestação à porta da escola esta quinta-feira.


Os alunos denunciam a precariedade, o mau cheiro e a falta de iluminação das casas de banho, a escassez de micro-ondas no refeitório e a falta de computadores portáteis individuais para os alunos do 12º ano trabalharem na Prova de Aptidão Profissional. Gabriel Lima, do curso de gestão e programação de sistemas informáticos, adianta em conversa com a RUM, que 240 estudantes da unidade educacional assinaram um documento que vai ser entregue à direção. Também querem chamar a atenção para os alunos que não recebem subsídio de alimentação para alguns estudantes devido à falta de documentação, o que “torna a escola desigual”.


Segundo o representante dos alunos, as questões já foram levadas à reunião dos delegados, mas como resposta tiveram que iria ser atendido, algo que garante não houve. “Nós esperamos que a direção cumpra com o que nós pedimos, afinal os alunos se uniram para reivindicar algo e queremos que eles cumpram o que está aqui”, refere.


Entre os cerca de 50 alunos que estiveram à porta da Escola Profissional de Braga, na manhã desta quinta-feira, Letícia Santana, do curso de auxiliar de saúde, afirma que não recebe o subsídio de alimentação, algo que diz faria a diferença no dia a dia. A aluna de 17 anos espera que este movimento ajude com que ela e outros alunos consigam aceder a este benefício.


Já Gonçalo Fernandes, aluno do curso de gestão e programação de sistemas informáticos, ressalta que “se nada for feito, nada vai mudar”. Apesar de receber o subsídio de alimentação, sublinha ser preciso lutar por aqueles que não tem. “Só de estar matriculado na escola já deveria ser mais que o suficiente para poder ter esse benefício, até porque toda a gente tem os mesmos horários, os mesmos professores, as mesmas matérias, porque não os mesmos benefícios”, questiona.


A RUM contactou a direção da Escola Profissional de Braga que demonstrou surpresa com o facto, tendo em conta que a EPB é, segundo a direção, reconhecida por todos como uma escola aberta ao diálogo e próxima dos alunos.

Em resposta enviada à RUM, informa ainda que as questões levantadas não haviam sido previamente partilhadas. Sobre os apoios sociais solicitados pelos alunos, a unidade comandada por Ana Cláudia Rodrigues, vinca que obedecem a regras específicas definidas pelos programas financiadores e que não é possível atender às exigências para a disponibilização de portáteis para todos os alunos, por não existir qualquer programa de financiamento nesse sentido.


Sobre as casas de banho, sublinha que a manutenção das instalações é uma preocupação constante da EPB. Apesar disso, adianta que há problemas cuja resolução não pode ser imediata à necessidade de alterações mais estruturais.  "Reafirmamos o nosso compromisso em proporcionar sempre as melhores condições possíveis aos estudantes. Mantemos aberta a porta ao diálogo e continuaremos disponíveis para reunir com os alunos para discutir melhorias realistas e exequíveis, como sempre fizemos", finaliza a direção da Escola Profissional de Braga.



(atualizada às 11h51, com a resposta da direção da Escola Profissional de Braga)

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