O social democrata, antigo presidente da Câmara Municipal de Famalicão e atual presidente da distrital de Braga do PSD, Paulo Cunha, surge atrás de Sebastião Bugalho, o jovem independente que encabeça a lista da coligação de direita às eleições de 9 de junho.

Os conselhos nacionais de PSD e CDS aprovaram os nomes que irão integrar a lista da AD às europeias. 

Nas redes sociais, Paulo Cunha confirmou, ao início desta noite, a sua candidatura, afiançando que "é com orgulho, entusiasmo e espírito de missão" que abraça o "desafio". 

"Quem me conhece sabe bem do meu compromisso com os valores da democracia, da justiça, da cidadania e da solidariedade", escreveu. O antigo autarca assegura ainda estar "motivado, confiante e preparado para representar os interesses e as aspirações dos portugueses na União Europeia". O nome de Paulo Cunha não surpreende. Há muito que era apontado para o Parlamento Europeu, possibilidade que ganhou ainda mais força com a saída de José Manuel Fernandes para o governo da AD.

Entretanto, na noite desta segunda-feira, o presidente do PSD justificou a escolha do jornalista Sebastião Bugalho para cabeça de lista da AD às europeias por ser "um jovem talentoso" e disruptivo e disse querer participar "ativa e energicamente" na campanha. Sebastião Maria Reis Bugalho nasceu a 15 de novembro de 1995 (28 anos) e é atualmente colunista do Expresso e comentador televisivo da SIC.

Em 2019, concorreu como independente nas listas de candidatos a deputados do CDS-PP, na direção de Assunção Cristas, acabando por não ser eleito.

Paulo Cunha, vice-presidente do PSD, e Ana Miguel Pedro, indicada pelo CDS-PP, ocupam o segundo e terceiro lugares.

De acordo com a lista de candidaturas da AD (Aliança Democrática) proposta ao Conselho Nacional do PSD, Hélder Sousa e Silva, presidente da Câmara Municipal de Mafra, Lídia Pereira, atual eurodeputada, surgem no quarto e quinto lugar, respetivamente.

Sérgio Humberto, indicado pela distrital do Porto, Paulo Nascimento Cabral e Carla Rodrigues estão colocados respetivamente no sexto, sétimo e oitavo lugar, numa lista em que a candidata indicada pela Madeira, Rubina Leal, aparece em nono.

Nas últimas eleições europeias, em junho de 2019, o PSD concorreu sozinho e teve o seu pior resultado de sempre, menos de 22% dos votos, e elegeu seis eurodeputados.