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Reprodução SIC
Marcelo Hermsdorf

Academia 08.08.2025 11H35

Fernando Alexandre. FCT "não está adaptada aos novos tempos", mas os projetos continuam

Escrito por Marcelo Hermsdorf
O ministro da Educação, Ciência e Inovação, em entrevista à SIC Notícias, defendeu a extinção de entidades como a Fundação para a Ciência e a Tecnologia e a Agência Nacional da Inovação para permitir "um novo paradigma no funcionamento".
Palavras de Fernando Alexandre, ministro da Educação, Ciência e Inovação, em entrevista à SIC Notícias.

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A Fundação para a Ciência e Tecnologia "não está adaptada aos novos tempos" e precisa ser extinta, defendeu esta quinta-feira o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, em entrevista à SIC Notícias.


O governante garante, entretanto, que a FCT continua a funcionar e que as “bolsas de doutoramento, os projetos continuam” e que “nada para”, sublinhando que vai haver apenas uma alteração governativa. Fernando Alexandre apontou que “todos os processos vão passar por um processo de transição", no momento que a nova Agência de Investigação e Inovação entrar em funcionamento. “A FCT continua a funcionar, o que nós vamos ter é um novo paradigma no funcionamento”, vincou.


Para o governante, o investimento em inovação e desenvolvimento precisa retornar à população, na melhoria do bem-estar das pessoas e na transformação da economia “como os Estados Unidos conseguem fazer”, o que, na opinião de Fernando Alexandre, Portugal e a Europa não têm sido capazes. Adiantou ainda que em 2026 serão alocado mais 40 milhões de euros em investigação científica em Portugal, no orçamento da FCT.


Questionado sobre as críticas de falta de diálogo e ao timing do anúncio da reforma do setor da educação e do ensino superior, Fernando Alexandre afirmou que esta reforma já preparada “no final do Governo anterior”. Existem, apontou, “muitas entidades com competências que não estão claras” e que o novo plano está “clarificado” e consta também uma “melhor a articulação entre os serviços centrais, as escolas e as autarquias”.


Outro ponto abordado durante a entrevista foi o fim da educação sexual no conteúdo da disciplina de cidadania e desenvolvimento. Fernando Alexandre ressaltou que o tema era tratado de forma muito inconsistente, por isso era necessária a mudança. Vincou que a disciplina manteve temas como a violência no namoro, já a educação sexual está incluída nas áreas das “ciências da natureza, na biologia”. “Se, até hoje, a educação sexual dependesse da disciplina para a cidadania, era um desastre em Portugal”, concluiu.

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