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Foto: LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS
Pedro Magalhães

Nacional 14.08.2020 11H45

Ferramenta que elimina SARS-CoV-2 no ar pode ser implementada em transportes públicos

Escrito por Pedro Magalhães
Tecnologia conta com o contributo da Universidade do Minho.
Investigador João Linhares em declarações à RUM

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Um grupo de investigadores portugueses criou uma ferramenta que inactiva 99% do vírus da Covid-19 no ar em apenas um minuto, erradicando-o totalmente em cinco minutos. 


A investigação é liderada por João Nunes, do BLC3 - Campus de Tecnologia e Inovação, em Oliveira do Hospital, e conta com a colaboração de João Linhares e Sandra Franco, do Centro de Física da Universidade do Minho, de Gabriela Silva, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, e de José Azevedo Pereira, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.


À RUM, João Linhares explica que a ferramenta, intitulada AT MicroProtect, "permite, através de tecnologias de mecânicas de fluídos, ou seja, da deslocação do ar, e da radiação ultravioleta, inactivar o vírus que se encontra no ar", tornando segura a permanência de pessoas em espaços fechados.


A tecnologia do produto está pronta, mas, antes da industrialização e venda, é necessária a validação de entidades como o Infarmed ou a Agência Portuguesa do Ambiente. Caso sejam encontrados os parceiros comerciais para a produção e garantida a segurança da ferramenta, o produto pode depois ser implementado em transportes públicos, unidades de saúde, lojas, ou salas de escritório.


"A estrutura tem uma aplicação bastante ampla, desde que o volume do ar do espaço seja relativamente restrito. A partir daí, pode ser utilizada em transportes ou em salas onde o ar possa estar contaminado com as partículas do vírus", esclarece João Linhares.


Dependendo do espaço onde seja colocado, o objecto pode ter várias dimensões, como o "tamanho de uma cabine", sempre adequado às dimensões do local e respectivo volume de ar. A utilidade pública do AT MicroProtect prevê, por isso, que o objecto consiga ser comercializado a grande escala. As receitas angariadas, garante João Linhares, serão canalizadas para mais investigação sobre o SARS-CoV-2.


"Após a comercialização, os rendimentos obtidos serão reinvestidos em investigação. As entidades envolvidas no projecto estão aqui sem fins lucrativos".

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