Regional 30.11.2018 10H59
Festas Nicolinas em debate para Património da UNESCO
A ideia de tornar as Festas Nicolinas em Património Oral e Imaterial da UNESCO já vem desde 2005.
A candidatura das Festas Nicolinas a Património Oral e Imaterial da UNESCO foi tema de debate na reunião de câmara ontem em Guimarães.
A vontade em tornar as Festas em património da UNESCO vem já desde 2005, à época sugerida em Assembleia Municipal, e o primeiro passo foi tomado em novembro de 2016, quando o município submeteu a proposta de inscrição no site da agência das Nações Unidas. A verdade é que até hoje não há novidades, nem da UNESCO nem do município, que ainda não efectivou a candidatura.
Ontem, a propósito do arranque de mais uma celebração das Festas, o tema voltou à mesa de discussão entre as forças políticas vimaranenses. O vereador da coligação Juntos Por Guimarães, André Coelho Lima, lamentou que todo o processo "já leva tempo a mais", notando que as Festas Nicolinas foram a primeira intenção do país a candidatura a património. "Entretanto o Fado e o Canto Alentejano já foram classificados como património Oral e Imaterial, e as Nicolinas nem a candidatura submeteu", referiu.
A vereadora da Cultura em Guimarães, Adelina Pinto, garantiu que, da parte do muncípio, vão existir avanços em breve, e destacou o estudo antropológico de Jean-Yves Durant, que será apresentado no próximo dia 13 de dezembro. O estudo, afirmou a também vice-presidente do município, vai servir de base para submeter a candidatura no site da UNESCO.
Adelina Pinto lamentou, no entanto, que desde a proposta de inscrição no mesmo site, em 2016, a UNESCO não tenha facultado "qualquer feedback". "Se consultarem o site, apercebem-se que todas as inscrições não conheceram avanços", apelando "paciência aos vimaranenses".