Cultura 18.07.2025 16H18
Festival Vaudeville Rendez-Vous prossegue esta sexta-feira com oito espetáculos
A programação conta com atuações em Braga, Guimarães, Barcelos e Vila Nova de Famalicão.
O cartaz do penúltimo dia do Vaudeville Rendez-Vous destaca duas estreias de espetáculos de circo contemporâneo: Melic e Une Partie de Soi. Esta sexta-feira traz, também, seis atuações que voltam ao palco da 11ª edição do festival, espalhadas pelo quadrilátero cultural.
Braga
Rima – 19h00 - Praça Braga 25, Campo da Vinha
Inspirado na paráfrase de Octavio Paz, RIMA sugere uma narrativa poética baseada na relação entre duas pessoas de geografias distantes que se coincidem e se apoiam na construção de uma definição comum. Tem como linguagem central a roda Cyr e ponto de partida às várias coincidências que juntam os dois criadores, Alan e Alvin.
Melic – 22h00 - Praça Municipal
A atuação tem na corda tricotada a sua protagonista. A criação evoca a memória histórica das mulheres do pós-guerra que tricotavam nas ruas, tecendo não só roupas, mas também relações. É uma homenagem ao saber das avós e à arte ancestral do tricô.
Guimarães
Homenaje – 22h00 - Praça de Pedra do Paço dos Duques de Bragança
Uma mulher e um lobo são os protagonistas de uma tragicomédia que enfrenta a morte para celebrar a vida. Microfones, flores secas, batons, água e música ao vivo compõem uma natureza morta que coloca o mastro chinês ao serviço da ação dramática. Sobre o palco, a artista de circo Sílvia Capell e o percussionista Bernat Torras.
Une Partie do Soi – 19h00 - Jardim do Museu Alberto Sampaio
Este espetáculo é uma viagem vertical que conta uma vida inteira, mostrando o ser humano para além do acrobata. Num espaço íntimo — apenas o homem, o mastro e o círculo — João Paulo Santos apresenta uma coreografia densa e intensa, feita de ritornellos e de tempo suspenso.
Barcelos
La Bande à Tyrex - 22h00 - Praça dos Poetas
Trata-se de um espetáculo musical e acrobático sobre bicicletas, com nove artistas em cena. Os intérpretes alternam entre acrobacias e música ao vivo — trombone, baixo, voz — criando um círculo vibrante que envolve o público.
Nkama – 19h00 - Largo Dr. José Novais
Um espetáculo de 30 minutos que mistura malabarismo, ritmo e dança. Influenciado pelos sons moçambicanos, o malabarista utiliza o vocabulário do malabarismo para chegar aos ouvidos e aos olhos do público. Nkama significa tempo em changana, a língua tradicional falada no sul de Moçambique, de onde Dimas é natural. O changana tem os seus próprios sotaques particulares, tais como assobios e estalidos de língua, e é a partir destes sotaques changana que Dimas cria a sua música.
Vila Nova de Famalicão
Cream – 19h00 - Court Ténis, Parque da Juventude
Uma exploração da relação entre humano e máquina na era tecnológica. Através do malabarismo, Cream retrata um sujeito gradualmente absorvido por um sistema, questionando o que significa ser humano num mundo dominado pela tecnologia. Num cenário de videojogo em tons pastel, com puzzles e desafios, o percurso é guiado por música experimental ao vivo.
El Dorado – 22h00 - Anfiteatro Parque da Devesa
Misturando acrobacia e malabarismo, El Dorado propõe uma linguagem coreográfica que explora a manipulação dos corpos como forma de expressão. A criação cruza circo e dança, afastando-se dos objetos tradicionais e refletindo sobre o corpo enquanto objeto.
O festival termina no sábado, com mais 11 atuações.