Dez concertos, um concurso e várias masterclasses e conferências. O Festival Internacional de Guitarra de Guimarães (FIGG), que decorre entre os dias 21 e 29 de Dezembro, foi apresentado esta quarta-feira, no Centro Cultural Vila Flor (CCVF).

O evento organizado pelo Conservatório de Guimarães, que tem como objectivo promover a guitarra clássica, apresenta como novidade o género flamenco. A actuação do quinteto liderado por David Carmona será a última do festival. O director artístico do FIGG enaltece o facto de o jovem guitarrista da Andaluzia ser “um discípulo de Manolo Sanlúcar, que é uma das figuras históricas e incontornáveis do flamenco em Espanha”.

Aniello Desiderio, “presença assídua em grandes palcos internacionais”, o polaco Mateusz Kowalski, vencedor do Eurostrings Competition, em 2019, e “portugueses emergentes”, como Francisco Luís e o Duo Sirius, formado por Diogo João e Márcio Silva, são outros dos destaques do FIGG, de acordo com Nuno Cachada.

A Eurostrings, plataforma criada através do programa Europa Criativa, da União Europeia, na qual está abrangido o festival vimaranense e mais 16 eventos semelhantes, permite o intercâmbio de artistas entre 18 e 25 anos para os diversos certames, que terão a oportunidade de dar concertos e masterclasses.

A francesa Cassie Martin, o búlgaro Pavel Ralev, a eslovena Maja Karlj e os espanhóis Pablo Menéndez e Bruno Pino Mateos, vencedor da edição do ano passado do “Concurso de Guitarra Cidade de Guimarães”, fazem parte desse lote.

A vertente competitiva do festival, que se realiza desde a primeira edição, em 2014, é outro dos atractivos. Neste momento estão inscritos, em sete categorias diferentes, 90 guitarristas originários de vários países europeus e de outras nações, como China, Irão, Coreia do Sul, México, Equador, Brasil e Estados Unidos da América. Nuno Cachada perspectiva que esta vá ser "a edição mais internacional e mais participada de sempre na categoria sénior”.

Teatro Jordão poderá acolher o evento em 2020

O custo total da organização do FIGG ronda os 40 mil euros: 28 mil são financiados pelo programa Europa Criativa. Já a Câmara Municipal disponibiliza, tal como nos anos anteriores, cerca de 8,5 mil euros. Paulo Lopes Silva, adjunto da Vereadora da Cultura, enaltece a “dimensão formativa” do evento e a envolvência de “vários projectos artísticos” ligados à guitarra clássica.

Este ano, o festival divide-se pelo CCVF, pelo Conservatório de Guimarães e pelo Paços dos Duques de Bragança. Na edição de 2020, o responsável da autarquia espera que “se acrescente mais uma sala ao festival, o Teatro Jordão", actualmente em obras, que será a nova sede do Conservatório.