Foram servidas na Universidade do Minho (UMinho) menos 76 mil refeições, em 2024, face ao ano anterior. O número foi evidenciado, na última reunião do Conselho Geral, por Luís Guedes, representante dos estudantes naquele órgão.

“As refeições servidas baixaram na ordem dos 17%. O valor exato é 76.876 refeições servidas a menos, ou seja, este ano foram servidas 390.210. Além disso, relativamente à prática desportiva, há menos idas ao ginásio e aos espaços de desporto, uma redução de 16%, ou seja, menos 31.069 utilizações. Isto deve gerar, na minha opinião, algumas reflexões”, alertou o conselheiro.

Na resposta, o reitor Rui Vieira de Castro explicou que a redução de acessos aos espaços desportivos estará relacionada com o condicionamento a que o pavilhão esteve sujeito, devido a infiltrações no telhado que afetaram o piso. “O estaleiro está já montado e, portanto, a obra vai-se iniciar muito proximamente, primeiro a reparação da cobertura e depois do chão”, acrescentou.

Quanto às refeições, o reitor assume que a redução é mais difícil de explicar. Rui Vieira de Castro diz não ser possível verificar se há uma “menor presença de estudantes nos campi” e aponta para uma “eventual alteração nos padrões de alimentação”. “Percebemos que, cada vez mais, há jovens que recorrem ao transporte nas suas lancheiras”, denotou.

O reitor admite que a redução das refeições servidas tem, de facto, expressão, mas não considera que em causa possa estar a redução da qualidade dos pratos servidos. “Os resultados que formos recolhendo ao longo deste ano vão permitir perceber se isto foi uma questão meramente conjuntural ou se pode ser uma mais estrutural”, finalizou. 

A qualidade e o preço das refeições servidas nos campi da UMinho já têm sido apontadas pelos estudantes como possíveis causas para a redução da atividade nas cantinas e bares.