Chama-se Gamelet e promete ser mais uma ferramenta ao serviço dos professores. 

A Universidade do Minho, o Agrupamento de Escolas de Póvoa de Lanhoso, as universidades Pedagógica de Weingarten (coordenadora) e de Ciências Aplicadas de Rhine Waal, ambas na Alemanha, a Universidade Aberta de Chipre e o Ministério da Educação e Cultura de Chipre desenvolveram uma aplicação digital, em contexto de jogo, para os alunos do ensino básico aprenderem a fluência da leitura e de línguas estrangeiras, como o inglês, através de elementos multimédia, aliando métodos de ensino inovadores nas aulas, como teatro de leitores multilingue e gamificação.

"As competências de leitura limitadas são problemáticas, porque podem prejudicar aprendizagem em diferentes disciplinas e levar a um baixo desempenho escolar. A promoção da fluência de leitura pode aperfeiçoar a competência de leitura na língua materna e estrangeira, ao mesmo tempo que se promovem compet~encias digitais", referiu, em declarações à RUM, a investigadora da UMinho, Cristina Sylla.

Na página da internet, os professores e alunos terão "uma série de atividades para fazer em casa, em grupo ou na sala de aula". Através desta plataforma, os alunos podem, por exemplo, realizar exercícios de leitura e pedir feedback aos colegas ou professores.

Testado desde 2018, o Gamelet tem merecido eleogios de alunos e docentes. Os mais jovens "gostam bastante, porque tem a componente de jogo". Já os professores, consideram a "ferramenta apelativa e que faz sentido na aprendizagem, ajudando também a adquirir mais vocabulário". Na aplicação, os alunos são guiados por uma série de jogos e missões, que os ajudam gradualmente a uma maior fluência e exatidão na leitura, na compreensão aprofundada do texto e no uso das TIC.

O próximo passo é disponibilizar a app às escolas portuguesas e permitir a sua utilização também na Alemanha e Chipre. "Estamos a tentar que aconteça nos próximos meses", adiantou a investigadora, apontando para o início do ano letivo, ainda que não se comprometa com datas. O projeto “Gamelet” contou com um financiamento de 350 mil euros do programa europeu Erasmus+.