Para o ministro do Ambiente e da Acção Climática "não faz sentido haver um metro de Braga a Guimarães". Matos Fernandes respondia, esta segunda-feira, no Parlamento, a Hugo Pires, que quis saber a meta temporal apontada pelo Governo para que um metro à superfície ligue os concelhos do quadrilátero urbano. O deputado socialista eleito por Braga lembrou Matos Fernandes da "dinâmica de movimentos pendulares entre os quatro concelhos, que se fazem sobretudo por transporte particular", mas o ministro frisou que "Braga e Guimarães em linha reta são, para aí, 17 quilómetros". "Tem sentido, isso sim, haver um reforço do sistema de transportes” nestas cidades, apontou. 

"No Plano Nacional de Investimentos estão reservados 200 milhões de euros para que venha a acontecer o desenvolvimento de BRT (Bus Rapid Transit) num sítio e noutro", divulgou o ministro, na audição parlamentar para apreciação da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2021.

"Nos últimos dias tivemos conhecimento da possibilidade de existir uma primeira fase da ligação entre Braga e Guimarães por um metro de superfície. Para quando o metro? Faz sentido existir uma única entidade que gerisse  os transportes públicos destas cidades, havendo assim ganhos de gestão e eficiência dos recursos?", questionou o deputado. A região, lembrou Hugo Pires, é uma "das mais empreendedores, dinâmicas, criativas e com forte peso industrial, representando cerca de 600 mil pessoas". 

Recorde-se que, como a RUM já havia noticiado, o presidente da autarquia vimaranense, Domingos Bragança, já tinha dito que o Metrobus é a opção defendida pelo Governo. As autarquias de Braga e Guimarães já constituíram equipas de trabalho que com o apoio de elementos da UMinho começam a trabalhar nas opções mais viáveis.