O Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães, deu as boas-vindas, na passada Sexta-feira, a 86 médicos internos para formação, dos quais 65 para formação geral e 21 para formação específica.

No caso da formação geral, os internos vão estar em contacto, durante um ano, com as especialidades de medicina interna, cirurgia, pediatria e medicina geral. Em relação à formação específica, que pode durar entre 4 a 6 anos, os internos dividem-se pelas especialidades de Anestesiologia (2), Cardiologia, Cirurgia Geral, Gastrenterologia, Ginecologia/Obstetrícia (2), Imunohemoterapia, Medicina Física e Reabilitação, Medicina Interna (7), Ortopedia, Patologia Clínica, Pediatria e Psiquiatria.

À RUM, Elisa Torres, directora do internato do Hospital Senhora da Oliveira, sublinha que os novos internos "vêm de todo o país", assinalando que o hospital "é, de há uns anos a esta parte, visto como de eleição por parte dos internos gerais". A responsável admite, no entanto, "o trabalho árduo" a que os internos irão estar sujeitos.

"Há especialidades onde se sente a falta de médicos"

O número de médicos internos no Hospital Senhora da Oliveira diminuiu face ao ano passado. A directora do internato revela que a situação se verifica "em todos os hospitais do país", referindo desconhecer os motivos para a causa. "Ainda não conseguimos perceber os motivos de uma situação que se verifica a nível nacional: houve menos 284 médicos que ingressaram no ano comum", refere, salvaguardando que a diminuição de internos a serem formados até é positiva para o Hospital, visto que liberta os médicos da unidade de saúde de "trabalho extra".

A directora do internato foi questionada sobre se há ou não falta de especialistas na unidade de saúde vimaranense e admite que "há especialidades onde se sente a falta de médicos", nomeadamente nas áreas de "anestesia e obstetrícia".