O Governo foi "presença constante" em Braga ao longo dos últimos 11 meses e foram "dezenas de vezes" que ministros o próprio Primeiro Ministro estiveram na região. Esta foi uma das ideias vincadas por Hugo Soares, cabeça de lista da AD - Coligação PSD/CDS pelo círculo eleitoral do distrito, que sinalizou a "importância que o distrito de Braga tem no contexto nacional e demonstrando que as políticas públicas não devem nem podem só incidir, nem ser só decididas, no centralismo de Lisboa". 

A candidatura da AD – Coligação PSD/CDS pelo distrito de Braga apresentou esta quarta-feira, em conferência de imprensa, um balanço dos compromissos e concretizações no distrito durante o último ano de governação.

Durante a intervenção, Hugo Soares lembrou que foram apresentados diversos investimentos e intervenções em áreas como imigração, habitação, segurança, saúde e justiça. O novo hospital de Barcelos, a requalificação dos tribunais de Braga e Guimarães, a criação de postos de atendimento da Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA), e intervenções em infraestruturas de mobilidade como o Nó de Infias e a variante que liga Braga a Vila Verde foram algumas das medidas destacadas.

Apagão. “O Governo atuou com serenidade”

Hugo Soares defendeu a atuação do Governo face ao recente apagão que afetou Portugal e Espanha, considerando que a resposta foi “tranquila, sem espalhafato e centrada naquilo que verdadeiramente interessava: resolver o problema”. Criticou as vozes que acusaram o Executivo de falta de comunicação durante a crise, em particular Pedro Nuno Santos, líder do Partido Socialista (PS),  afirmando que “quem muito fala, pouco acerta” e elogiou a atuação da Proteção Civil, apesar das limitações na transmissão das mensagens de alerta.

O número um por Braga apontou a necessidade de se preparar o país para futuras emergências semelhantes, sugerindo que se desenvolvam novas formas de disseminar informação à população sem depender exclusivamente das redes móveis.

Disponível para continuar como líder parlamentar, mas com cautela

Confrontado com a possibilidade de continuar a liderar a bancada parlamentar do PSD após as eleições, Hugo Soares adotou uma posição cautelosa. Assumiu o “orgulho” e a “responsabilidade” de ter liderado o grupo parlamentar nos últimos 11 meses, mas considerou “extemporâneo” fazer qualquer consideração sobre o futuro, sublinhando que essa decisão cabe ao novo grupo parlamentar e ao presidente do partido.

Admitiu também que, em última instância, a sua permanência dependerá da composição do novo governo e da vontade do futuro Primeiro Ministro. “São tantas as condicionantes que é manifestamente extemporâneo fazer qualquer consideração”, concluiu.