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Vanessa Batista

Academia 24.02.2021 16H36

Molécula identificada pelo ICVS ajuda a perceber evolução da covid-19

Escrito por Vanessa Batista
Níveis altos da molécula IL-6 estão associados a uma maior gravidade da doença.
 Ricardo Silvestre, investigador do ICVS, em declarações à RUM.

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A molécula IL-6 pode vir a ser uma ajuda fundamental para o tratamento e previsão da evolução de doenças como a covid-19 nos pacientes. A conclusão é de um estudo realizado, desde Abril, por investigadores do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde (ICVS) da Escola de Medicina da Universidade do Minho.


A equipa do ICVS responsável pela investigação é composta por Ana Frias (investigadora do ICVS), André Santa Cruz (médico internista no Hospital de Braga e investigador do ICVS) e Ricardo Silvestre (investigador do ICVS).


A IL-6 é uma molécula que existe no nosso corpo em níveis baixos e que permite a comunicação celular. Em caso de infeção esta proteína é "aumentada". Este biomarcador demonstra que existe uma ligação direta entre os níveis altos da IL-6 e um prognóstico reservado, ou seja, há uma maior probabilidade de o doente ser ventilado ou acabar mesmo por falecer, segundo explicou à RUM o investigador Ricardo Silvestre.


A maioria dos estudos prévios faz a avaliação do doente quando este dá entrada no hospital. Ora, esta equipa acompanhou 46 doentes infetados como Sars-Cov-2 durante toda a hospitalização desde Abril a Junho.


Esta avaliação "mais personalizada" pode resultar numa recuperação mais rápida do doente e, uma vez que o tratamento é "dirigido" e aplicado de forma mais precoce, é possível que o Serviço Nacional de Saúde venha a ter menos custos.


"O teste que fazemos em laboratório para detetar esta molécula é barato, fácil e rápido. Temos os resultados no próprio dia", assegura o investigador que acrescenta que o procedimento pode ser concretizado nos hospitais que têm capacidade para realizar os mesmos de forma massiva.


"Há muito por investigar sobre a covid-19. A área dos biomarcadores é uma delas", garante.


Atualmente, o ICVS está a trabalhar com o Hospital de Braga, no sentido de perceber quais as sequelas deixadas pelo novo coronavírus e que implicações podem ter na vida dos pacientes.

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