Duas conferências plenárias, um debate sobre o ensino da gramática e 62 comunicações compõem o programa do Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística 2019. O Instituto de Educação da Universidade do Minho recebe a 35.ª edição do evento, que decorre entre esta quarta-feira, a partir das 14 horas, e sexta-feira.

A iniciativa, que se realiza anualmente numa universidade, tem como objectivo expor “investigações que se realizaram recentemente ou que estão em curso”, como explica Rui Ramos, responsável pela organização. O professor do Instituto de Educação destaca que vai ser abordada uma “panóplia muito alargada de temas” durante os três dias.

A violência verbal nas redes sociais, os discursos de tomada de posse presidencial, as construções linguísticas em crianças surdas e com espectro do autismo, a análise semiótica dos grafitis em Paris, o desenvolvimento bilingue, o insulto como estratégia no debate parlamentar e o modo como a linguística influencia julgamentos automáticos são alguns dos temas das comunicações que vão ser apresentadas.

Com cerca de 80 participantes de Portugal, Brasil, Espanha e China, o programa inclui também as conferências de Cristina Flores, da  Universidade do Minho, e de Niels Schiller, da Universidade de Leiden, sediada na Holanda, assim como uma assembleia-geral da Associação Portuguesa de Linguística.