Regional 25.05.2021 07H00
INParques. Famalicão cria rede para atrair novas empresas e investimentos
Concelho famalicense conta com seis áreas empresariais, que albergam mil empresas, mas há margem para crescer.
A Câmara de Vila Nova de Famalicão criou uma rede, a IN Parques, para atrair mais investimento e fixar novas empresas no concelho. O território conta, neste momento, com seis áreas empresariais: Parque Empresarial de Currelos; de Pelhe; de Sam; da Pedra Leital; da Terra Negra e do Sol.
São cerca de 900 hectares destinados a acolher empresas e com margem de crescimento, sobretudo na zona de "Jesufrei, Cruz e Arnoso, mas também Vilarinho das Cambas, Lousado e Ribeirão".
Esta segunda-feira, no maior parque empresarial do concelho, o da Terra Negra, em Vilarinho das Cambas, o presidente da Câmara, Paulo Cunha, e o vereador responsável pelo MadeIN, apresentaram os objetivos desta organização espacial. Em média, atualmente, estes parques empresariais contam com 60 a 70% de lotação, acolhendo, no total, cerca de mil empresas.
Segundo o vereador, a IN Parques é uma estratégia traçada pelo município "para atração de investimento, sobretudo para as áreas de acolhimento empresarial". "Fizemos o levantamento das empresas, do que está disponível em termos de área, dos setores de atividade predominantes e, depois, avançamos para uma fase de promoção destas áreas e elaboramos um guia do investidor que está agora disponível", acrescentou Augusto Lima.
Paulo Cunha aponta vantagens nesta organização, desde logo para que seja possível "respeitar as diferenças entre zonas habitacionais e empresariais". A Câmara quer, por isso, "concentrar o máximo de empresas em áreas empresariais", algo que facilita a ação municipal também do ponto de vista do investimento público. "Não é possível o território investir em infraestruturas, como estacionamento, água, saneamento, fibra ótica ou acessos nos seus 200 quilómetros quadrados, mas, se soubermos onde estão as empresas, conseguimos canalizar os investimentos de cariz empresarial", explicou o presidente da autarquia.
Para o edil, esta é "uma boa ferramenta de apoio à rentabilidade empresarial e ao investimento". Está ainda prevista uma dinâmica empresarial também ao nível dos transportes públicos, algo que é facilitado se as empresas estiverem concentradas nestes parques.
Paulo Cunha reivindica novo acesso à autoestrada entre Fradelos e Balazar para descongestionar EN14
O congestionamento do trânsito na Estrada Nacional 14 é um dos aspetos que, muitas vezes, afasta os investidores do concelho famalicense. A nova travessia sobre o Rio Ave, anunciada pele primeiro-ministro a semana passada, pode ajudar a resolver parte dos problemas, mas, lembrou Paulo Cunha, alguns não dependem desta infraestrutura. "É preciso um novo acesso à A7, que vimos reclamando na zona da intersecção de Fradelos com Balazar, para que ajude a libertar o congestionamento de trânsito que afeta a EN14".
O Parque Empresarial de Currelos, que se localiza junto ao nó da Cruz e da autoestrada A3, abrange, sobretudo, empresas ligadas à metalúrgia e construção, já o Parque de Pelhe, está mais direcionada para o têxtil, contrução, hotelaria e mecânica. A área empresairal de Sam, em Ribeirão, junta os setores têxtil, metalúrgico e mecânico e o da Pedra Leital, em Requião, alberga empresas do têxtil e construção. Em Vilarinho das Cambas, o Parque Empresarial Terra Negra, junta ainda empresas do setor químico e o Parque Empresairal do Sol alberga empresas da indústria automóvel. Todos estão a menos de dez minutos da autoestrada e do terminal ferroviário.
MadeIN já criou 1700 postos de trabalho
Entre 2015 e 2021, o MadeIN apoiou 89 empresas, que criaram 1709 postos de trabalho e que representam um investimento superior a 283 milhões de euros. Os incentivos concedidos pela Câmara de Famalicão são superiores a três milhões.
Das 89 empresas apoiadas, 36 instalaram-se em Famalicão, mas são oriundas de outros concelhos. Estas representam um investimento que ascende aos 132 milhões de euros e criaram 1103 postos de trabalho. Neste caso, a autarquia famalicense apoiou com quase 600 mil euros.