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Liliana Oliveira

Cultura 28.03.2023 10H38

“Interessa-nos muito ‘sequestrar’ os jovens das redes sociais para um palco"

Escrito por Liliana Oliveira
União de Freguesias de Nogueira, Fraião e Lamaçães, DST, Agrupamento de Escolas Alberto Sampaio e D. Maria II e Tin.bra assinam protocolo para aproximar os jovens do Teatro.

“DST teatro ao palco na freguesia” é o nome do projeto que junta a empresa bracarense à União de Freguesias de Nogueira, Fraião e Lamaçães, aos Agrupamento de Escolas Alberto Sampaio e D. Maria II e à companhia de teatro Tin.bra. O protocolo, que foi assinado esta segunda-feira, Dia Mundial do Teatro, tem como objetivo criar dois grupos juvenis de Teatro, cujas oficinas serão financiadas pela DST.


José Pinto Mota, presidente da União de Freguesias, relembra que a educação e as artes têm sido uma das apostas da autarquia local. “É uma forma de trabalhar para a educação integral”, frisou. A DST, que nasceu nesta União de Freguesias, foi o parceiro escolhido pela Junta para por esta ideia em prática, que visa não só a formação mas também a intenção de “criar o hábito de ir a espetáculos teatrais”.


“Interessa-nos muito esta questão de ‘sequestrar’ os jovens das redes sociais para um palco que tenha uma presença física e onde há oratória, a retórica, a respiração, o contacto olhos nos olhos com os seus parceiros no palco e na plateia. Interessa-nos muito esta educação através de textos de dramaturgos, para se poder entender a vida em si e as suas dimensões”, denotou José Teixeira, presidente do DST Group.


O empresário, que já costuma apoiar a Cultura, reforçou a ideia de que “o teatro permite ir além do infinito e isso é estar próximo da impossibilidade”, sendo “uma oportunidade de qualquer jovem e qualquer professor ter essa intenção clara de utilizar esta relação social a partir do teatro”. “É por isso que apoiamos este projeto, porque o teatro precisa de ir para o palco, precisa de agenda, de se utilizar mais para tirar exatamente os jovens dos seus sítios mais cómodos”, finalizou.


Maria Torcato Baptista, da academia de Teatro Tin.Bra, lamenta que “o currículo ainda não contemple a educação artística numa dimensão bastante mais alargada”. “Queremos que estas crianças sejam mais interventivas, criativas, não só a nível da escrita como também de pensamento, da argumentação, da socialização, da integração, da inclusão. São tudo competências de vida que nós queremos ajudar a construir nestes jovens e que, com a ajuda deste investimento da DST, e com o desafio da Junta de Freguesia, acho que vamos conseguir”, antevê. Isto porque, para a formadora, “as redes sociais têm coisas boas, mas têm outras coisas menos positivas, como a dificuldade cada vez maior em conseguirmos comunicar com as outras pessoas”.


O projeto “DST teatro ao palco na freguesia” é destinado a jovens dos 10 aos 15 anos e vai ter a duração de um ano, sendo apenas interrompido nas férias de verão. O objetivo é constituir dois grupos juvenis de teatro: um através da unidade de Lamaçães e outro a partir da EB de Nogueira. Os jovens terão formação em expressão dramática e, a partir daí, o objetivo é motivar a criação de um grupo de teatro juvenil na freguesia.

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