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Elsa Moura

Academia 28.03.2019 13H12

Investigador da UMinho vence bolsa de 3ME

Escrito por Elsa Moura
Cientista Paulo Lourenço vai desenvolver nos próximos cinco anos uma abordagem inovadora para a avaliação da segurança do património construído com valor cultural, quando submetido a sismos.
Investigador da UMinho falou à RUM sobre o projecto a desenvolver nos próximos cinco anos

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Uma equipa de investigação da Universidade do Minho (UMinho),liderada por Paulo Lourenço acaba de receber uma bolsa de três milhões de euros para estudar, ao longo dos próximos cinco anos uma forma de proteger o património edificado histórico do risco sísmico. A bolsa foi atribuída ao cientista pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC).


O especialista em conservação estrutural e engenharia forense explicou à RUM que pretende, em conjunto com a sua equipa, "desenvolver uma metodologia que permita com muita precisão conhecer a capacidade resistente do património construído com valor cultural quando submetido a sismos".


De acordo com o professor do Departamento de Engenharia Civil e co-director do Instituto para a Sustentabilidade e Inovação em Engenharia de Estruturas, o estudo "é muito inovador uma vez que vai tentar transferir a tecnologia para a engenharia" permitindo "conhecer melhor a segurança do património".


Para este trabalho a Universidade do Minho vai receber um grande equipamento que vai estar "durante três a quatro anos a reproduzir sismos" para que a equipa consiga "perceber um fenómeno caótico com técnicas de simulação e matemáticas para desenvolver os modelos simples que depois poderão ser aplicados na engenharia". A equipa vai ser também reforçada. 

O codirector do Instituto para a Bio-Sustentabilidade explica que a equipa é já reconhecida nacional e internacionalmente e sublinha que o estudo quer também diminuir as consequências dos desastres naturais. "Cerca de 40% das pessoas que morrem devido a sismos morrem em edifícios de alvenaria. Os desastres naturais afectam 250 milhões de pessoas por ano, e vimos agora o desastre da Beira, portanto queremos contribuir para a redução de perdas económicas e de vidas, no caso de desastre natural, neste caso, um sismo", explicou.



Paulo Lourenço obteve uma Advanced Grant, destinada a investigadores activos que sejam líderes em termos de originalidade e significado de contribuições científicas nos últimos dez anos.


As bolsas científicas ERC são as mais prestigiadas e competitivas da Europa. São projectos individuais cuja selecção é fundamentada, em 50%, no currículo do investigador (deve estar no topo dos que trabalham na Europa) e, em 50%, na excelência do projecto a executar, o seu grau de risco e a abordagem radicalmente inovadora, e nas fronteiras da ciência.


Oito bolsas ERC para a UMinho


Neste concurso de 2019 de bolsas avançadas do ERC, Portugal obteve duas bolsas, incluindo a de Paulo Lourenço. A Universidade do Minho já conseguiu nos diversos concursos oito bolsas do ERC, sendo três bolsas avançadas para cientistas estabelecidos (AdG), três de consolidação de carreira (CoG) e duas de iniciação de carreira (StG).


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