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Elsa Moura

Academia 04.08.2022 10H57

"Investigadores portugueses ainda concorrem pouco a projetos internacionais"

Escrito por Elsa Moura
Presidente da FCT, Madalena Alves, diz que é preciso "quebrar barreira" e aumentar candidaturas a projetos europeus.
Madalena Alves, nova presidente da FCT, em entrevista à Rádio Universitária do Minho.

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A presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Madalena Alves considera que chegou o momento de inverter a tendência e colocar os investigadores portugueses a concorrer mais a projetos internacionais. Para isso, admite, é preciso intensificar a comunicação e ajudar a comunidade científica a quebrar esta "barreira".


Em entrevista à RUM, a nova responsável pela FCT explicou que "todos os anos, há quatro mil investigadores no país que param tudo para fazer candidaturas". Um número que é "superior a todas as candidaturas que houve no Horizonte 2020 - o programa europeu -, durante todo o período de vigência do programa". Referindo que "há muito mais apetência para os concursos nacionais que internacionais", considera que é tempo de "quebrar essa barreira".


Além da pro-atividade dos investigadores, a própria FCT está disposta a investir mais na promoção dos diferentes mecanismos internacionais.


Enumerando alguns dos mecanismos em vigor, Madalena Alves diz que é preciso "muito mais divulgação e apoio aos investigadores para que seja uma prática corrente haver candidaturas europeias".


Não escondendo que as candidaturas internacionais são mais complexas, a responsável lembra que a taxa de aprovação dos projetos europeus "é superior à dos nacionais", além de que o contacto internacional interessa ao país. "É um clube onde importa estar, importa participar nas ações que são feitas em Bruxelas. É preciso lobby, é preciso acesso a contactos e tudo isso tem que ser mais promovido", avança.


Na primeira grande entrevista de Madalena Alves enquanto presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia, a responsável apontou, entre os objetivos da nova direção, acabar com a carga burocrática que diz triturar a atividade dos cientistas. Disse também que uma das formas de minimizar os problemas nas carreiras científicas pode passar pela contratação  de doutorados por parte de empresas, hospitais, museus e outras entidades.



Ouvir a entrevista completa ao programa Campus Verbal


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