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UMINHO
Marcelo Hermsdorf

Academia 07.08.2025 14H35

Investigador da UMinho garante financiamento para estudo inovador sobre sarcoidose

Escrito por Marcelo Hermsdorf
Agostinho Carvalho obteve 450 mil dólares de uma fundação dos EUA para estudar esta doença inflamatória rara.  
Palavras de Agostinho Carvalho.

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O investigador do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde, da Escola de Medicina, Universidade do Minho, Agostinho Carvalho, vai receber um apoio de 450 mil dólares (cerca de 390 mil euros) para conduzir um projeto de dois anos focado nos mecanismos da Sarcoidose. Esta doença inflamatória e rara, que afeta principalmente os pulmões, permanece pouco compreendida.


O financiamento da Fundação Ann Theodore vai ajudar a perceber quais são “os mecanismos moleculares e celulares na base da sarcoidose”, que afeta por ano até 40 em cada 100.000 pessoas no mundo, aponta Agostinho Carvalho. Aos microfones da RUM, o investigador explica que esta estrutura patológica pode levar à formação de “granulomas, que são agregados de células imunitárias” que agem como barreira e geram inflamação, que pode ser crónica e grave.


A investigação obteve financiamento através da ‘Breakthrough Sarcoidosis Initiative’, promovida pela fundação norte americana, em parceria com o Milken Institute, que apoia desde 2021 os melhores projetos interdisciplinares submetidos por candidatos de todo o mundo que visam identificar as causas, a variabilidade e possíveis tratamentos da sarcoidose.

 

Este novo projeto, iniciado em junho deste ano, assenta, sublinha, numa nova hipótese que pretende “atacar essa disfunção de forma a restaurar a função normal dessas células e impedir a formação dos granulomas”. Em parceria com o serviço de pneumologia do Centro Hospitalar de São João, em estreita colaboração com o pneumologista Hélder Bastos e o consórcio FIBRALUNG, que em Portugal é o maior registo de doentes e maior biobanco dedicado a doenças pulmonares intersticiais, tem efetuado a recolha de amostras para encontrar “alvos que possam ser úteis do ponto de vista de impedir esta transformação”.


Acrecenta ainda que a doença também apresenta diferentes níveis de desenvolvimento nos utentes. Enquanto um conjunto de doentes é resolvido “de forma espontânea”, outro grupo necessita de um tratamento e um terceiro, “cerca de 20%, 25% dos doentes”, apresenta uma doença crónica progressiva com o aparecimento de macrófagos, que leva “a uma perda da qualidade de vida e eventualmente até a uma morte prematura”.

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