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Liliana Oliveira

Regional 16.02.2025 20H37

IP aprova projeto do Nó de Infias e CMB acredita que obra terá início em 2025

Escrito por Liliana Oliveira
Depois de aprovado pelo executivo municipal, processo segue para aprovação do conselho diretivo do IMT e só depois a Infraestruturas de Portugal pode lançar o concurso público. Olga Pereira responsabiliza governo PS pelos atrasos. 
Declarações de Olga Pereira, vereadora das Obras Municipais

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A Infraestruturas de Portugal (IP) deu luz verde ao projeto do Nó de Infias e ao acordo de gestão com a Câmara de Braga. É mais um ‘nó’ desatado num processo que se arrasta há vários anos.

Um dia depois do secretário de Estado ter dado a indicação, numa audição parlamentar, para a IP acelerar o processo, a Câmara foi notificada da decisão.


O projeto, que esteve um ano e meio sem ver desenvolvimentos, está, agora, orçado em 11 milhões de euros. “Este processo sofreu atrasos incompreensíveis e nenhum deles pode ser imputado à Câmara de Braga. Estamos a falar de um projeto que há um ano e meio que anda entre a IP e o projetista, com sugestões e correções”, apontou a vereadora que tutela as obras públicas, Olga Pereira.


O processo segue, agora, para aprovação do executivo municipal e este será um dos temas em agenda na próxima reunião, prevista para sexta-feira, 21 de março. Depois disso, “o processo será submetido ao conselho diretivo do IMT”. “Estamos já a tramitar as expropriações, decidimos fazê-lo para imprimir mais celeridade ao processo, e só depois é que a IP estará em condições de abrir o concurso público”, informou Olga Pereira-.


A vereadora garante que a autarquia continuará “a fazer tudo o que depende de si para tramitar este procedimento da forma mais célere possível”. No entanto, há ainda procedimentos que podem atrasar o processo. “Se for um concurso público que decorra com normalidade julgo que em dois meses ou dois meses e meio poderá estar concluído. Espero que a obra possa começar em 2025”, apontou.


Em 2022, quando foi apresentado o projeto, a expectativa era que a obra estivesse concluída em 2024, mas, em 2025, ainda nem arrancou. Na altura, o investimento previsto ronda os seis milhões de euros, uma quantia que quase duplicou, entretanto. Os atrasos numa obra há muito reivindicada pelos bracarenses são, na ótica de Olga Pereira, “responsabilidade do governo anterior, que nunca se empenhou em imprimir prioridade a este projeto”.

Recorde-se que é esperada uma visita do ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, a Braga, ainda este mês, no dia 26.


Projeto mantém-se 


O projeto prevê a redução de 98% do tráfego automóvel, menos 4 km de filas de trânsito, mais segurança, menos ruído e 95% de fluidez das horas de ponta.

Além disso, deverá ser criada uma ligação direta e sem conflitos para os movimentos Norte/Este e Oeste/Norte, através da execução de um viaduto bidireccional com cerca de 220m de extensão e 12m de largura. Paralelamente, serão reformuladas as ligações Sul/Norte e Este/Sul, de modo a minimizar as interferências entre correntes de tráfego. Desta forma, os movimentos principais passam a efetuar-se praticamente sem constrangimentos, o que permitirá também uma melhoria dos movimentos secundários, que deixam de ter os fluxos de tráfego principais a prejudicá-los.


A intervenção fará com que a atual rotunda desnivelada deixe de funcionar como tal, no seu quadrante sul, o que limitará o acesso a nascente para o tráfego proveniente do Lugar de Cabanas, que não poderá aceder ao futuro viaduto. Para contornar esta limitação, será criado um pequeno acesso à EN101, próximo das atuais instalações da ‘Volvo’.

O atraso total (soma do atraso de cada um dos condutores), de todos os veículos que circulam nas vias envolvidas, passará de cerca de 374h em 2021, para cerca de 76h em 2043, na hora de ponta da manhã, e de 507h (2021) para 27h (2043), na hora de ponta da tarde.


Prazo de execução é de 18 meses. 

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