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Fotografia: Hugo Delgado/ LUSA
José Brás

Nacional 15.09.2025 15H47

José Luís Carneiro diz que escolas ainda não passaram pelo "momento mais crítico"

Escrito por José Brás
Secretário-geral do PS acredita que pode estar "subestimado" o número de alunos sem professores no arranque do ano letivo 2025/2026
José Luís Carneiro, durante a visita à Escola André Soares, esta manhã de segunda-feira a propósito do arranque do novo ano letivo:

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O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro acredita que o momento mais crítico para as escolas ainda está por vir. Numa visita esta manhã a Braga a propósito do arranque do ano escolar, o socialista alertou até que a falta de professores pode piorar  “até dezembro, dado os pedidos de substituição e aposentações” em curso. O também deputado do PS eleito por Braga afirma que os cerca de 90 mil alunos sem professores a pelo menos uma disciplina, número relatado pelos sindicatos, é "subestimado" podendo estar mais perto dos 100 mil.

Na Escola André Soares, José Luís Carneiro, adiantou que "o momento mais crítico será em outubro, novembro, até dezembro, dado os pedidos de substituição e pedidos de passagem à aposentação".


“A experiência governativa do PS mostra que quando os sindicatos falam de 93 mil, esses números estão subestimados porque eles têm alguma falta de informação", acrescentou.


José Luís Carneiro recua mais de uma década para explicar o défice de professores no país. “Nunca podemos esquecer que houve um período da nossa história em que se afirmou que havia professores a mais e mandou-se emigrar. E nós hoje estamos também a pagar em parte essas palavras imponderadas que foram desenvolvidas na altura, porque levou a que muitos que tinham uma aspiração de virem a ser professores, tenham quebrado essa sua vontade”, sublinha.


A solução para estes problemas está na formação dos professores e na transformação da escola num "esteio fundamental da democracia local, naturalmente voltada para uma educação de qualidade, que é isso que todos nós devemos continuar a defender".


"Apresentámos um conjunto de propostas que têm em vista reforçar a democracia na escolha das direções escolares e envolver mais, nomeadamente, os representantes dos pais, os representantes dos alunos e também os próprios professores poderem participar mais no processo de escolha dos seus diretores escolares, acrescenta.


Dificuldades económicas podem estar entre os fatores que levaram à quebra no número de alunos no ensino superior


Relativamente às quase de dez mil vagas sobrantes da segunda fase de acesso ao ensino superior, José Luís Carneiro acredita que "houve um retrocesso aparente" que merece algum tempo para "estudar as causas". Ainda assim, alerta para vários problemas que "as famílias estão a vivenciar, do ponto de vista económico e social, nomeadamente os custos com habitação", admitindo que "serão fatores que podem justificar esta quebra".

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