Em 40 páginas, a coligação Juntos por Braga apresenta aos bracarenses as medidas a que se propõe nos próximos quatro anos, e se for eleita a 26 de setembro, para "Fazer Acontecer".

Apresentado, esta terça-feira, na Pousada da Juventude, o programa eleitoral está "estruturado de forma inovadora", uma vez que, além de uma divisão setorial, apresenta "uma dimensão cronológica", explicou à RUM, o candidato da coligação, Ricardo Rio.

A alienação do Estádio Municipal de Braga e as propostas na área da mobilidade são os grandes destaques do documento.

No capítulo “Ultrapassar o Passado”, o cabeça de lista da coligação PSD/CDS/PPM/Aliança à Câmara de Braga, Ricardo Rio, diz que quer acabar com os "condicionalismos que a maioria herdou do passado, para libertar de qualquer tipo de amarra, de natureza financeira, jurídica ou administrativa, as futuras governações municipais". Para isso, a candidatura propõe "a rentabilização do Estádio Municipal em benefício do município, se não houver interessados na compra do equipamento, e a liquidação da parceria público-privada Sociedade Gestora dos Equipamentos de Braga". Além disso, Ricardo Rio quer avançar com a "verificação dos protocolos incumpridos do ponto de vista urbanístico, alguns deles que vêm desde há décadas" e acabar com "as disputas judiciais que existem em torno do Estádio e outras matérias". No programa, consta ainda a intenção de "iniciar o processo de reabilitação do Estádio 1.º de Maio, garantindo a salvaguarda da estrutura e a utilização para fins coletivos de diversas modalidades". 

No que toca aos "constrangimentos do presente", o candidato reconhece a existência de áreas que "carecem de uma intervenção muito forte da Câmara", nomeadamente a "qualificação do espaço público, a intervenção nas vias rodoviárias, a melhoria da segurança rodoviária, a qualificação em termos de acessibilidades para reduzir o trânsito e também a melhoria dos serviços de urbanismo para responder ao problema da oferta de habitação, que resulta do desiquilíbrio entre a oferta e a procura". Em concreto, é proposto pela coligação, "concretizar a alteração do Nó de Infias, promover o prolongamento da variante do Cávado até Ferreiros, requalificar a variante do Fojo, a Avenida General Norton de Matos e requalificar com intervenção paisagística da zona sul Avenida da Liberdade e na Avenida 31 de Janeiro".

"Reforçar os alicerces da cidade feliz do futuro" é a última parte do programa eleitoral, onde Ricardo Rio identifica "áreas-chave, como o desenvolvimento económico, que passa pela captação e fixação de talento, a revolução na área da mobilidade, com novos serviços de transporte, onde sobressai o MetroBus, a candidatura a Capital Europeia da Cultura, a aposta contínua na sustentabilidade, nas políticas sociais, a afirmação regional, nacional e internacional de Braga e um modelo de governança que continue a ser o mais participado possível".

Neste capítulo, a coligação Juntos por Braga quer apoiar a "criação da Innovation Eco Village e do MedTech na proximidade da Universidade do Minho, como solução para acolhimento de grandes projetos tecnológicos, de transferência de conhecimento, de investigação e tecnologia para as empresas, nomeadamente na disponibilização de laboratórios colaborativos para empresas, spinoffs e startups".

Além disso, tem ainda como objetivo formalizar a aquisição do “Bairro do Picoto” à Arquidiocese e iniciar o processo de recuperação deste bairro, bem como agilizar com a Universidade do Minho um modelo de gestão do Parque da Cangosta da Palha e promover a reabilitação do equipamento.

Alargar o projeto “School Bus” a todo o concelho, já no próximo ano letivo, elaborar a Ecovia do Cávado e a Ecovia do Este que se prolonga até Celeirós, cumprindo uma rede ciclável na cidade de mais de 70 quilómetros e concretizar a remodelação do antigo Cinema São Geraldo, transformando-o no Media Arts Center, são outras da propostas da candidatura de direita.

Ricardo Rio diz que "os compromissos foram, na esmagadora maioria, cumpridos, com graus de concretização, do programa anterior (2013), que ultrapassaram os 90% e, mesmo com todas a condicionantes, este último mandato atinge graus de concretização perto dos 85%".