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Fotografia: Vanessa Batista (RUM)
Vanessa Batista

Regional 25.11.2019 20H24

UMAR diz "basta" à violência machista

Escrito por Vanessa Batista
A União Mulheres Alternativa Resposta (UMAR) realizou uma manifestação na Avenida Central, em Braga. Em 2019 o crime de violência doméstica aumentou 10%.
Liliana Rodrigues, da UMAR, aos microfones da RUM.

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“Basta de violência machista” foi uma das mensagens deixadas pela União Mulheres Alternativa Resposta (UMAR)  de Braga na manifestação desta segunda-feira, na Avenida Central. Dezenas de pessoas marcaram presença na iniciativa organizada a propósito do Dia para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, que hoje se assinala. A manifestação contou com a colaboração de colectivos como a CIVITAS Braga e a Rede 8 de Março.


Foram várias as faixas negras que pintaram as escadas que dão acesso ao chafariz da cidade dos arcebispos. A UMAR não dispensou mensagens fortes, neste que é um dia de "luto".  Desde 2004 até 2018 foram cometidos 503 femicídios em Portugal. No corrente ano morreram quatro mulheres, em Braga, a nível nacional são 28 as vítimas de violência doméstica.  Um crime que cresceu 10% durante este ano. Porém, apenas 9% dos condenados vão para a prisão.


Liliana Rodrigues defende agravantes aos crimes de ódio. A porta-voz da UMAR frisa também a necessidade de intervir desde cedo nas escolas. "Não podemos continuar a fazer distinções entre coisas de meninas e de meninos. Para além disso é essencial não ensinar os meninos a serem agressores e as meninas a calar. Enquanto continuarmos a incentivar estes comportamentos em sociedade, vamos continuar a ter estes números de mulheres mortas em Portugal", declara. Para isso é preciso fazer da violência doméstica um tema de discussão estrutural ao nível dos direitos humanos. Liliana Rodrigues assinalou também que quando uma mulher morre é um sinal óbvio que "um conjunto de serviços e de atendimentos a vítimas falhou, por isso é fundamental estar alerta". 


Outra das situações alarmantes destacadas pela activista recai sobre os crimes contra mulheres transgénero. Em terras lusas "não existem dados oficiais", logo não são conhecidos o número de mortes e qual o motivo. No entanto tudo indica, segundo a UMAR, que a violência doméstica existe junto destas mulheres.


Recorde-se que esta terça-feira, 26 de Novembro, “As Mulheres de Braga” vão ser recebidas pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, com o intuito de apresentar uma moção com mais de 7 mil assinaturas. Em declarações à Universitária, Liliana Rodrigues, lançou algumas mensagens ao grupo. A activista defendeu que para além de homenagear mulheres é preciso protegê-las, assim como promover acções "estruturais e não só para aparecer". 

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