Este sábado, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) acolhe o espetáculo ‘Mãos Minhas’, um espetáculo em Língua Gestual Portuguesa, legendado em português, produzido pela Terra Amarela em parceria com A Oficina. Tem lugar a partir das 16h00.

A obra propõe uma reflexão sobre o papel da arte, da língua e do museu. Em cena, os intérpretes precisam desvendar um mistério de um desaparecimento da obra de arte mais importante da civilização ocidental. Aos microfones da RUM, o diretor da Educação e Mediação Cultural d’A Oficina, Francisco Neves, “cruza a história da arte com a própria história da língua gestual portuguesa”. ‘Mãos Minhas’ anda assim em torno de todo este imaginário. 

Estreada neste mês de maio, a peça é produzida pela Terra Amarela, que tem vindo a trabalhar com pessoas com deficiência e pessoas surdas, aponta o dirigente. A obra é uma criação coletiva e interpretada por Marta Sales, Patrícia Carmo e Tony Weaver, com a consultoria artística de Marco Paiva e baseada em textos de Alex Cassal, sendo apresentada em Língua Gestual Portuguesa e legendada em português. “Há aqui uma inversão quase daquilo a que o público está habituado, em que tem a língua, tem a oralidade portuguesa”, refere.

Francisco Neves sublinha a importância de permitir “diferentes manifestações linguísticas e artísticas” na programação do espaço vimaranense, apontando ser uma peça “interessante para todos os públicos”. Segundo o responsável, o CIAJG é gerido pel’A Oficina, que integra uma Rede de Teatros com Programação Acessível, o que torna “uma missão” para a entidade oferecer “uma programação inclusiva, acessível, e que cria e apoia artistas que trabalham nestas áreas”.