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Ariana Azevedo / RUM
Ariana Azevedo

Academia 02.07.2025 16H13

MarUMinho. Está lançado o programa de investigação marinha com foco no Litoral Norte

Escrito por Ariana Azevedo
Projeto envolve mais de 60 investigadores e é financiado em 1,5 milhões de euros pela Fundação Calouste Gulbenkian. Aposta numa abordagem multidisciplinar para enfrentar os desafios do litoral norte.
Eugénio Campos Ferreira, António Feijó, António Cruz Serra e Rui Vieira de Castro:

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Foi hoje apresentado publicamente o MarUMinho – Programa de Investigação Multidisciplinar em Ciência e Tecnologia Marinha da Universidade do Minho, uma iniciativa financiada pela Fundação Calouste Gulbenkian, com 1,5 milhões de euros, que tem como objetivo desenvolver soluções inovadoras para os desafios do Litoral Norte.


Na sessão que decorreu no Salão Nobre da Reitoria da UMinho, no Largo do Paço, em Braga, o investigador responsável, Eugénio Campos Ferreira, assinalou a efeméride como "um momento de enorme significado para a universidade e para a região". O programa representa, segundo o investigador, "um compromisso claro com a ciência e com a sustentabilidade”.


O projeto, que arrancou no início do ano, conta com a participação de quatro unidades orgânicas, nove centros de investigação e uma equipa com mais de 60 investigadores, incluindo a futura contratação de 17 bolseiros. Com uma forte componente multidisciplinar, o MarUMinho organiza-se em torno de seis linhas temáticas: biotecnologia azul e biorrecursos marinhos sustentáveis, observação e monitorização do litoral, interfaces costeiras, poluição por (micro)plásticos, sustentabilidade e inovação estrutural e (bio)Economia azul.


Destacando a ligação à criação de um futuro Instituto Multidisciplinar de Ciência e Tecnologia Marinha, a instalar em Apúlia, no concelho de Esposende, Eugénio Campos Ferreira vincou ainda a importância do trabalho conjunto com a região e com parceiros estratégicos.


O reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, elogiou a articulação interna" entre centros como um dos principais ganhos do projeto, referindo que o financiamento "é mais do que um apoio financeiro: é um catalisador de articulação interna e de impacto externo". "A UMinho tem no seu ADN a missão de promover o desenvolvimento regional e nacional, e este é um excelente exemplo dessa vocação", sublinhou.


Em representação da Fundação Calouste Gulbenkian, o presidente do Conselho de Administração, António Feijó, afirmou que a escolha da UMinho se inscreve na estratégia da Fundação de apoiar projetos fora de Lisboa com potencial transformador. "Identificámos no MarUMinho um projeto com alinhamento estratégico e real potencial de impacto. A palavra ‘sustentabilidade’, tantas vezes usada, aqui ganha um significado concreto e prático", referiu.


Já o administrador executivo da mesma fundação, António Cruz Serra, reforçou que este novo modelo de financiamento visa apoiar instituições com propostas diferenciadoras e de elevado mérito científico e disse estar "confiante de que este investimento fará a diferença entre o que poderia acontecer e o que nunca aconteceria sem este impulso."


O MarUMinho alia ciência, tecnologia e inovação na resposta aos desafios do litoral português, promovendo a conservação dos ecossistemas, a valorização ambiental e o desenvolvimento sustentável da região. Com uma forte componente de transferência de conhecimento, o projeto inclui também ações em literacia marinha, capacitação, formação avançada e envolvimento de stakeholders locais e internacionais.

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