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Vanessa Batista

Academia 05.02.2025 12H06

NEMUM vai propor uniformização de horários de estágio ou atribuição de subsídio de transporte

Escrito por Vanessa Batista
Soluções serão apresentadas aos alunos em Assembleia-Geral, entre os meses de Abril e Maio. Posteriormente, o Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho vai reunir com a presidência da escola e/ou com a reitoria.
Declarações dos estudantes do curso de medicina da UMinho.

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O Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho (NEMUM) vai propor à presidência da unidade orgânica uma uniformização dos horários dos estágios ou a atribuição de um subsídio para transporte.

De acordo com o inquérito feito aos alunos pela anterior presidência do NEMUM, 52,7% dos 93 inquiridos são duplamente deslocados devido aos estágios clínicos.


Na UMinho, os alunos de medicina realizam estágios nos hospitais de Braga, Guimarães e Viana do Castelo. Contudo, existem ainda estágios em Centros de Saúde que podem obrigar a deslocações para Cabeceiras de Basto, Ponte de Lima, Fafe, entre outros concelhos.


Gonçalo Santos, aluno do quinto ano de medicina, é natural de Barcelos. Para realizar o estágio clínico, em Viana do Castelo, acabou por gastar mais 150 euros, além dos 250 euros que paga por um quarto em Braga.


"Muitas vezes fazíamos turnos que não nos permitiam usufruir, por exemplo, do comboio. Muitas vezes tínhamos de estar no hospital pelas 08h30. Quando fazíamos urgência ficávamos até às 17h00 ou 18h00", relata.


Para conseguir estar em Viana do Castelo pelas 08h00, os estudantes teriam de apanhar o comboio das 06h35 que tem a duração de 01h18. O último comboio é às 20h39 com chegada às 22h07, ou seja, uma viagem de 01h38. Os preços oscilam entre os 6,20 euros e os 15,95 euros.


Cristina Costa, também está no quinto ano do curso de medicina. Natural de Braga conseguiu, em conjunto com colegas, uma casa em Viana do Castelo por 200 euros, cada um, uma vez que os horários entre colegas são distintos.


"Nesse estágio de cirurgia, nós acabávamos por fazer várias especialidades em simultâneo. Portanto, nunca tínhamos só uma manhã ou só uma tarde. Acaba por ser difícil conciliarmos boleias entre todos", revela.


O inquérito a que, no global, responderam 226 alunos, demonstra que 54,2% dos estudantes utiliza veículo próprio para as deslocações, sendo que 18,3% combina o carro com o autocarro. A situação no caso de estudantes das ilhas dos Açores e da Madeira é ainda mais complexa.


O presidente do NEMUM, Pedro Azevedo, adianta que será feita uma nova auscultação à comunidade estudantil, mas para recordar o que já foi feito no passado. Entre Março e Abril, o assunto será discutido em Assembleia-Geral para apresentar a proposta à direção da escola e à reitoria.


Atualmente, o NEMUM tem em cima da mesa duas propostas: um subsídio para os transportes ou uma uniformização daquilo que é o horário dos estágios. Outra das soluções em aberto passa por disponibilizar um transporte único para todos os alunos, porém, para isso seria necessário que todos os estágios tivessem início e fim à mesma hora.


"O que nós queremos fazer, este ano, é uma nova auscultação estudantil e explicar o que é que já se fez no passado e não resultou", explica. Uma prática que passará a ser comum para outras problemáticas. O NEMUM pretende ter uma voz mais ativa na comunidade através, por exemplo, de tomadas de posição formais.


No último inquérito, 99,7% dos 220 estudantes apontaram como preferência a disponibilização de transporte para as deslocações dos estágios. 

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