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Redacção

Nacional 24.07.2019 11H59

Ministro aconselha portugueses a abastecerem viaturas

Escrito por Redacção
A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) exige mais de 50% de serviços mínimos na greve dos motoristas.

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, defendeu hoje que os portugueses devem começar a "abastecer" as suas viaturas para "se precaverem" no caso de haver greve dos motoristas a partir de 12 de Agosto.

"Temos todos de nos preparar. O Governo está a fazer o seu trabalho [para evitar a greve] , mas todos podíamos começar a precaver-nos, em vez de esperarmos pelo dia 12, que não sabemos se vai acontecer [a paralisação] . 

Era avisado podermo-nos abastecer para enfrentar com maior segurança o que vier a acontecer", disse Pedro Nuno Santos aos jornalistas em Matosinhos, à margem da apresentação de um investimento na ferrovia.


Dois sindicatos de motoristas entregaram um pré-aviso de greve com início em 12 de Agosto que propõe serviços mínimos de 25% em todo o território nacional, enquanto na greve de Abril, que levou a uma corrida aos postos de abastecimento de combustível eram de 40% apenas em Lisboa e Porto.


Sindicatos apontam para o cumprimento de 25% de serviços mínimos. ANTRAM diz que é preciso mais. Partes sentam-se à mesma mesa esta quarta-feira


Já a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) exige mais de 50% de serviços mínimos na greve dos motoristas, marcada para 12 de Agosto e por tempo indeterminado.

A intenção foi confirmada à Renascença pelo porta-voz da associação que representa as empresas de transportes de mercadorias.


Os motoristas propõem apenas 25% de serviços mínimos, que é o mínimo estabelecido por lei, um número que a associação considera uma irresponsabilidade.

“Achamos altamente irresponsável a proposta dos sindicatos e, portanto, faremos uma proposta que se destina a garantir o direito à greve e também o abastecimento de gás e de combustível”, diz André Almeida.

A planificação dos serviços mínimos será um dos principais assuntos em discussão na reunião agendada para esta quarta-feira entre os sindicatos dos motoristas que entregaram o pré-aviso de greve, na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).


Ouvido pela Renascença, o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias revela desde já pouca abertura para ir além dos 25% de serviços mínimos.


“Nós achamos que 50% é muito. A greve é um direto constitucional, os 25% é o que está descrito na lie. Entendemos que é complicado para a vida dos portugueses, mas nós há 20 anos pelo menos que estamos com várias represálias e é isso que queremos demonstrar”, diz Jorge Cordeiro.


Os representantes dos motoristas pretendem um acordo para aumentos graduais no salário-base até 2022: 700 euros em janeiro de 2020, 800 euros em janeiro de 2021 e 900 euros em janeiro de 2022, o que com os prémios suplementares que estão indexados ao salário-base, daria 1.400 euros em janeiro de 2020, 1.550 euros em janeiro de 2021 e 1.715 euros em janeiro de 2022.


Segundo fonte sindical, existem em Portugal cerca de 50.000 motoristas de veículos pesados de mercadorias, 900 dos quais a transportar mercadorias perigosas.


Com SIC Notícias e Rádio Renascença

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