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Nuno Gonçalves / UMinho
Vanessa Batista

Academia 17.04.2024 15H05

Ministro aponta contratos-programa com universidades como possível medida de futuro

Escrito por Vanessa Batista
Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre apelou às universidades portuguesas para que tracem estratégias no sentido de terem um Prémio Nobel.
Declarações do Ministro da Ciência e Inovação, Fernando Alexandre e do reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro.

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Concretização de contratos-programa com as Universidades. Esta foi uma possibilidade lançada pelo Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, que em breve irá anunciar um pacote de medidas direcionadas para o ensino superior.


No regresso à Universidade do Minho, o Ministro participou na sessão de abertura do colóquio “50 anos de Mudança e Inovação: As Novas Universidades no Contexto da Democratização Portuguesa”, que junta representantes das Universidades do Minho, Aveiro, Évora e do ISCTE.


Para a tutela é fulcral que as instituições de ensino superior possuam financiamento previsível, assim como autonomia reforçada, porém, com responsabilização, de modo a perspetivarem uma estratégia a médio e longo prazo. O objetivo, na ótica do Ministro, terá de ser estar no "grupo dos países mais avançados da Europa". Segue-se a ambição de no horizonte dos próximos 50 anos, ambicionar um Prémio Nobel.


O agora Ministro da Ciência e Inovação já havia partilhado esta convicção em entrevista ao programa da RUM, UMinho I&D em fevereiro, fruto do trabalho que desenvolveu no estudo “A UMinho e a transformação da região”.


"Nós temos que pensar os próximos 50 anos e quando nós pensamos o futuro do país, o desenvolvimento do país, não podemos deixar de pensar na convergência com os países mais avançados, ou seja, é uma ambição que eu espero que todos os portugueses mantenham", declara. 


Não é ter o Prémio Nobel, mas é termos instituições de ensino superior que ambicionam gerar as condições para que a ciência que é gerada nas nossas universidades possa, no horizonte de 15 ou 20 anos, de facto ser candidata à Prémio Nobel", conclui.

Fernando Alexandre alerta, no entanto, que as instituições não estão todas no mesmo momento e patamar, logo as metas devem ser definidas de forma personalizada, pois caso contrário "não será credível" e irá afetar a dinâmica do país num todo.


O ministro disse ainda que, 50 anos após o 25 de abril, continua a haver “desigualdades preocupantes e muito grandes” no acesso ao ensino superior, uma situação que, defendeu, urge corrigir. Defendeu igualmente que é preciso inverter a tendência da fuga para o estrangeiro do “capital humano” formado nas universidades portuguesas.


Reitor da UMinho vê com bons olhos a criação de contratos-programa com as instituições de ensino superior 


A possibilidade de criação de contratos-programa com as academias foi uma premissa bem recebida pelo responsável máximo da Universidade do Minho, Rui Viera de Castro.

Em declarações à RUM, o reitor diz-se "satisfeito", no sentido em que seja possível fixar metas "necessariamente ambiciosas como condição para que elas (universidades) sejam dotadas de recursos necessários à concretização dessas mesmas metas".

Quanto ao Nobel, Rui Vieira de Castro diz que é importante que as academias coloquem desafios exigentes, tal como ocorreu na sua criação em 1973.


Esta quinta-feira, o Ministro da Educação reúne com 12 sindicatos


A recuperação do tempo de serviço dos professores será um dos assuntos em cima da mesa, sendo que a estimativa do Governo de direita, visto que o anterior executivo socialista não disponibilizou dados detalhados, aponta para um impacto de 300 mil milhões de euros.


O Ministro adianta que a reunião será sobretudo para receber o caderno de encargos dos sindicatos. Segue a análise do mesmo com o Ministério das Finanças, de modo a perceber o que será possível concretizar com os recursos disponíveis, deixando claro o compromisso do Governo liderado por Luís Montenegro, mas sempre "fazendo as contas". 

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