Academia 21.09.2020 16H35
Ministro do Ensino Superior "repudia" praxes académicas
Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior apela à dignidade da integração dos novos estudantes no ensino superior.
O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, endereçou uma carta aos responsáveis estudantis e dirigentes de instituições de ensino superior e científicas com o intuito de apelar à mobilização contra acções que visem atropelar a liberdade, tolerância e emancipação dos estudantes.
Na carta a que a RUM teve acesso pode ler-se que a “evocação de “tradições académicas”, não pode legitimar acções de humilhação, desrespeitando e afectando a liberdade e a autoestima dos mais novos”.
Na óptica do responsável, este género de acções “prejudicam a credibilidade do ensino superior e conflituam com a missão das instituições e o propósito daqueles que o frequentam”. O Ministro declara-se de forma explícita contra estas acções e garante apoiar expressivamente "todos os que têm resistido e combatido essas praxes académicas e outras manifestações que atentam contra os direitos individuais e colectivos dos estudantes".
Manuel Heitor escreve que "este repúdio deve ser ainda mais explícito neste novo ano letivo", devido à pandemia de Covid-19.
A emancipação e integração dos novos estudantes no ensino superior com ciência e cultura, pode ser feito, na perspectiva do Ministro, através do movimento EXARP. Um projeto que deve ser promovido pelos dirigentes.
Desde 2016 que este programa visa “dar a volta às praxes”, sendo que agora está com uma presença mais pronunciada no digital. O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, recorda que as instituições devem manter uma postura de “vigilância contínua da evolução da pandemia actualizando regularmente os seus planos de contingência e monitorizando permanentemente o seu impacto na respectiva comunidade académica. Isto de modo a contribuir para a contenção e mitigação de eventuais surtos locais.
A carta termina com uma garantia. "Pela minha parte, tudo farei para valorizar o papel central que as instituições científicas e de ensino superior têm assumido no combate responsável à pandemia e que se assumam, cada vez mais, como espaços autónomos e responsáveis de liberdade, de formação e aprendizagem abertos às novas fronteiras do conhecimento e da cultura".