O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, considerado um dos mais importantes expoentes da fotografia do mundo, morreu esta sexta-feira, aos 81 anos, em Paris. A informação foi avançada pelo Instituto Terra, organização não-governamental fundada pelo artista. A causa da morte não foi informada.

Sebastião Salgado enfrentava problemas decorrentes de uma malária contraída nos anos 1990, segundo relatou ao jornal brasileiro Folha de S.Paulo um amigo próximo. O fotógrafo morava com a mulher, Lélia Salgado, e o Filho Rodrigo, em um apartamento em Paris, perto da Praça da Bastilha. O estúdio na cidade guarda um acervo com mais de 500 mil imagens.

"Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora", lê-se num comunicado do Instituto Terra.

Conhecido pelo seu trabalho documental e por fotografar em preto e branco, Salgado foi laureado com os principais prémios de fotografia do mundo e morreu no dia em que é inaugurada a exposição "Venham Mais Cinco – O Olhar Estrangeiro sobre a Revolução Portuguesa (1974–1975)", em Almada, que inclui fotos suas tiradas durante a revolução.

c/ LUSA e UOL