O Ministério Público confirmou esta terça-feira ter reaberto o inquérito que investigava o presidente da Câmara Municipal de Vizela, Victor Hugo Salgado, por suspeitas de violência doméstica contra a mulher. A informação foi avançada pelo jornal Observador.

A investigação tinha sido arquivada a 13 de maio pela procuradora do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), da 2.ª Secção de Guimarães, quando a mulher se recusou a prestar declarações e manifestou vontade de que o “procedimento criminal [por violência doméstica] não prosseguisse”.

Segundo a queixa apresentada à PSP, a esposa do presidente vizelense, na noite de 27 de fevereiro, teria sido impedida de entrar em casa, depois de ter ido fumar à rua. “Por causa disso, provocou uma discussão, no decurso da qual lhe desferiu vários murros na boca e no nariz, fraturando-lho, agarrou-a pelos braços e empurrou-a, fazendo com que caísse e sofresse vários hematomas”, lê-se no documento.

A descrição das agressões é consistente com o relatório do exame médico feito nessa mesma noite, no Hospital de Guimarães, e o MP reconhece que, “em abstrato, a factualidade descrita poderia indiciar a prática de um crime de violência doméstica”.

O autarca está a ser alvo de um segundo inquérito, também por suspeitas de violência doméstica, mas desta vez está em causa o filho menor, de 10 anos. Relembre-se que Vítor Hugo Salgado vai concorrer novamente à presidência da Câmara Municipal de Vizela como candidato independente.

c/Observador