A temporada 2023/24 da programação da Casa das Artes de Famalicão já arrancou. Os destaques do cartaz no espaço famalicense vão para apresentações de teatro e música, local e internacional.

Aos microfones da RUM, o diretor da Casa das Artes de Famalicão, Álvaro Santos, afirma que a programação está baseada em três pilares, nomeadamente a “preocupação em fazer uma programação de e para a comunidade, possibilitar a convergência entre o experimental e o global e acolher trabalhos que não teriam lugar noutros espaços”. Para o responsável, há uma ligação intencional entre estes fatores, “apesar do espaço estar em Famalicão, não pode ficar só por aqui”, afirma.

A programação arrancou na sexta-feira, dia 6 de setembro, com o pianista Shane van Neerden, “um jovem americano radicado nos Países Baixos”. Esta semana, nos dias 13 e 14 de setembro, pelas 21h30 e 18h00, respetivamente, sobe ao palco do Grande Auditório a Jovem Orquestra de Famalicão, como “resultado da 6ª edição do estágio JOF que decorre de 9 a 14 de setembro de 2024, com mais de 80 jovens instrumentistas nascidos ou a estudar em Vila Nova de Famalicão”.

O teatro regressa também em setembro, nos dias 20 e 21, às 21h30, com a estreia de ‘Perhaps’, uma encenação de Jorge Pinto baseada nas ideias de Buster Keaton e Samuel Beckett. Álvaro Santos resume este espetáculo como “uma espécie de junção do mundo do teatro do cinema” e ressalta que é o “resultado de uma rubrica que existe há bastante tempo” de um trabalho com ex-alunos da ACE Famalicão, atores emergentes, numa coprodução da Casa das Artes de Famalicão e Ensemble-Sociedade de Atores.

A fechar a programação da Casa das Artes de Famalicão, três apresentações do espetáculo ‘A Liberdade a Passar por Aqui’. A produção da Companhia de Música Teatral tem lugar no espaço famalicense no dia 28, às 10h00 e 11h30, e 29, pelas 10h30.

Para Álvaro Santos, este último programa vem de encontro à“preocupação” da direção em permitir que a Casa das Artes seja um espaço “não só de apresentação, mas também de desenvolvimento e criação”. “Criou-se um espaço onde não só nós pudéssemos coproduzir, mas também fazer com que eles ganhassem outra dimensão”, finaliza.

*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Elsa Moura