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Catarina Martins/RUM
Tiago Barquinha

Academia 03.08.2022 16H49

“Não queremos que nenhum aluno, por questões económicas, não tenha acesso ao ensino superior"

Escrito por Tiago Barquinha
A ministra Elvira Fortunato abordou o atraso na abertura de 500 vagas para alunos de escolas TEIP - Territórios Educativos de Intervenção Prioritária.
As declarações da governante.

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Nenhum estudante vai ficar sem acesso ao Ensino Superior por motivos financeiros. A garantia foi expressa pela ministra Elvira Fortunato, esta quarta-feira, no INL - Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, em Braga, à margem de uma reunião bilateral com a homóloga espanhola Diana Morant.


A governante comentou o atraso na abertura de 500 vagas para alunos de escolas TEIP - Territórios Educativos de Intervenção Prioritária. A medida está incluída no Plano Nacional de Combate ao Racismo e Discriminação, publicado há um ano, em Diário da República, mas ainda não foi implementada, como noticiou, esta terça-feira, o Jornal de Notícias.


Sem justificar a demora da introdução do novo contingente, a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior explica que “o assunto está a ser discutido” e que em breve haverá desenvolvimentos. “Não queremos deixar que nenhum aluno, por questões económicas, não tenha acesso ao ensino superior. Isso está fora de causa”, acrescenta.



Ministra garante estar atenta às reivindicações


No último fim de semana, o Governo aprovou um conjunto de medidas de apoio social, entre as quais a atribuição automática de bolsa de estudo no ensino superior a todos os estudantes que beneficiem de 1.º, 2.º ou 3.º escalão de abono de família e que ingressem através do concurso nacional de acesso. No entender de Elvira Fortunato, “fará toda a diferença”, já que “os alunos poderão logo assumir que não será por razões financeiras que não irão para o ensino superior”.


Outra das novidades é um complemento à bolsa de estudo, com valor máximo de 250 euros anuais, para apoiar as deslocações dos estudantes bolseiros. Essa iniciativa foi criticada pelo presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, Duarte Lopes, por ser apenas destinada a estudantes originários das regiões autónomas ou que estejam a frequentar o ensino superior nas ilhas.


Questionada pela RUM, a ministra não comenta diretamente o assunto, preferindo salientar que “todas as medidas que forem possíveis implementar para alunos com algumas dificuldades, de forma a não haver qualquer tipo de discriminação, serão tidas em linha de conta”.



Taxa de doutoramento em análise


A Associação de Bolseiros de Investigação Científica lançou, há duas semanas, um abaixo assinado para acabar com a taxa relativa à admissão a provas de doutoramento no ensino superior público. Os valores variam entre os 50 euros, na Universidade de Coimbra, e os 750, na Universidade da Beira Interior. Na academia minhota custa 300 euros. 


Elvira Fortunato revela que “o assunto está a ser revisto”, embora lembre que “o Governo não pode impor um valor específico”, dada a “autonomia financeira” das instituições.

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