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FOTO: VANESSA BATISTA/RUM
Vanessa Batista

Regional 29.04.2019 15H08

Nó de Infias começa a ser desatado em 2021

Escrito por Vanessa Batista
Vai nascer um  viaduto que ligará as zonas norte-este-oeste-norte e a saída à cidade, no sentido sul-este".
Declarações de Ricardo Rio, presidente da CMB

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Menos poluição, menor congestionamento de trânsito, mais segurança e melhores condições de vida para a população. Foi assim que o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, deu o mote para a apresentação dos quatro projectos que visam colocar um ponto final no trânsito do Nó de Infias. A apresentação decorreu ao final desta manhã de segunda-feira no Centro Cívico de S. Vicente. O investimento total ronda os 18 milhões de euros, contemplando as intervenções nesta artéria problemática da cidade dos arcebispos e a expansão parcial da Variante do Cávado para os pólos industriais bracarenses.


Só para o Nó de Infias serão necessários 5 milhões de euros. A autarquia está em conversações com a Infraestruturas de Portugal e o ministério para arrancar com a elaboração de um projecto e lançar o concurso para financiamento. Ao que tudo indica é esperado que em 2021 arranquem as obras, e que um ano depois o troço esteja terminado. 


Neste momento estão em causa questões de financiamento e aquisição de terrenos a privados. Todo o projecto apresentado esta segunda-feira foi elaborado em conjunto com a Infraestrutuas de Portugal.


A obra prevê um desvio do trânsito, de modo a que este não tenha de passar pelo centro da cidade de Braga como acontece nos dias de hoje.


A arquiteta Filipa Corais apresentou um projecto que conta com a "criação de um viaduto que irá ligar as zonas norte-este-oeste-norte e a saída à cidade, no sentido sul-este". Ambas as propostas apresentam uma extensão dos viadutos e da área de intervenção, o que garantirá uma maior capacidade do Nó.



O autarca Ricardo Rio assumiu que este troço apresenta "problemas de desarticulação de construção", uma vez que ao longo dos anos tem vindo a sofrer "remendos que não foram definidos de raíz". Para além dessa condicionante, o edil relembrou que este é um ponto de "convergência de várias vias externas à cidade, provenientes na sua grande maioria de Vila Verde, obrigando a atravessar Braga mesmo que o objetivo não seja seguir para o centro da cidade.


Segundo dados de 2016, em média são cerca de 88 mil os veículos que passam pelo Nó de Infias todos os dias.


De imediato vão arrancar intervenções como a criação de uma via complementar para a saída da cidade, que segundo o autarca não irá provocar novos problemas de trânsito nesta época do ano, uma vez que só irá significar a repavimentação e colocação de sinais.


Outro dos planos da Câmara Municipal de Braga está relacionado com a execução Parcial da Variante do Cávado que irá contar com um orçamento de 13 milhões de euros. Serão 6km dos quais 1,7km entre EN 101 em Palmeira e a área empresarial de Adaúfe, e 4,3 km entre o Nó de Ferreiros e a área empresarial de Dume.


"É preciso costurar alternativas viáveis", diz Miguel Bandeira

Já o vereador com o pelouro do Urbanismo, Miguel Bandeira, realçou que o tráfego automóvel continua a crescer na cidade dos arcebispos. Neste momento o objectivo passa por resolver os problemas de circulação, sendo que não é possível "demolir". Por isso, realça, a autarquia tem de saber "costurar" alternativas fiáveis.

O vereador anunciou que está a decorrer "um estudo de mobilidade e trânsito" através de uma equipa externa que tem vindo a trabalhar com a Câmara Municipal de Guimarães.

A longo prazo, a meta passa por "inverter a pirâmide de tráfego" na cidade de Braga: uma menor utilização do veículo individual, e uma maior utilização dos transportes públicos.


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