Depois de, em 2019, ano em que completou 75 anos, D. Jorge Ortiga ter pedido a renúncia ao Papa, seguindo as determinações do Direito Canónico. 

Desde então, nenhuma indicação chegou do Vaticano e, por isso, muito se tem falado do provável sucessor do Arcebispo de Braga. Por exemplo, D. António Moiteiro, atual Bispo de Aveiro, D. Virgílio Antunes, Bispo de Coimbra e D. José Cordeiro, Bispo de Bragança, têm sido apontados ao lugar. 

Em entrevista à RUM, D. Jorge Ortiga esclareceu que "essas coisas estão no segredo dos Deuses". "O núncio apostólico é que elabora um processo, todo ele em termos de confidencialidade, e consultam muita gente da diocese e de fora da diocese, é por isso que, algumas vezes, alguma coisa possa sair cá para fora, mas não quer dizer que se consultar sobre um nome seja esse que está encaminhado para que isso aconteça", acrescentou.

Certo de que os nomes avançados pela imprensa não passam de "uma questão jornalística, motivada pela curiosidade ou pela precipitação em querer dar novidades", D. Jorge frisou que "tudo está no segredo de Deus, só ele sabe, o resto são suposições".

O Papa Franciso ainda não se pronunciou sobre o assunto. O ainda Arcebispo Primaz de Braga acredita que "a pandemia, que deixou a vida da Igreja muito condicionada", pode justificar o atraso no processo. "Esperamos que o Santo Padre veja quando é oportuno. Estar mais um ano, dois ou três não depende de mim, mas do Papa, e estamos prontos para tudo", finalizou. 

Na nota pastoral na abertura do ano 2020/2021, o ainda Arcebispo de Braga disse que aceitará "quem a Igreja oferecer, pedindo a Deus um pastor para os dias de hoje".