São nove os candidatos à Câmara Municipal de Braga nas eleições autárquicas agendadas para dia 12 de outubro.

Com 18 de agosto como data limite para entrega de todas as listas no Tribunal de Braga, o eleitorado bracarense prepara-se para ter mais uma candidatura face às eleições autárquicas de 2021, mas desta vez não surge nenhuma candidatura no feminino ao lugar ocupado desde 2013 por Ricardo Rio, da coligação Juntos por Braga.

Formalizam candidatura a coligação Juntos por Braga (PSD/CDS/PPM) com João Rodrigues como candidato, o Partido Socialista coligado com o PAN, num projeto encabeçado por António Braga. Além dos maiores partidos e os únicos que em democracia governaram a Câmara Municipal de Braga, surge uma candidatura independente, o movimento Amar e Servir Braga, liderado por Ricardo Silva, atual presidente da Junta de Freguesia de S. Victor. 

Pela CDU concorre João Batista, deputado da CDU na Assembleia Municipal de Braga, pelo Bloco de Esquerda, António Lima, também ele deputado na AM de Braga. Pela Iniciativa Liberal candidata-se Rui Rocha e pelo Livre, Carlos Fragoso, enquanto pelo Chega, concorre Filipe Aguiar. Na corrida entra pela primeira vez o ADN, com Francisco Pimentel Torres.

Comparando com as eleições autárquicas de 2021 desaparece a candidatura do PAN [que se coliga com o PS], surge um movimento independente [algo que não acontecia desde 2013], assim como a primeira candidatura em eleições autárquicas do ADN, partido que existe precisamente desde 2021.

No cargo desde 2013 e com três vitórias consecutivas, Ricardo Rio despede-se no gabinete da praça municipal em outubro. Antes dele, apenas Mesquita Machado, do Partido Socialista, tinha sido presidente de câmara em democracia. Governou Braga ao longo de 37 anos.

Sublinhe-se que pela primeira vez em várias campanhas eleitorais autárquicas em Braga não surge qualquer mulher candidata ao cargo de presidente.

Ao longo dos próximos dias as candidaturas deverão formalizar o processo com a entrega de toda a documentação junto do tribunal local. 

167.833 eleitores no concelho de Braga

A RUM tem entrevistado os candidatos à CMB e conclui, no final de agosto, esse ciclo especial de entrevistas que podem ser escutadas em podcast no espaço Campus Verbal.

Esta terça-feira, 12 de agosto, Francisco Pimentel Torres, candidato do ADN, é o entrevistado. Nas semanas seguintes seguem-se os candidatos do Livre e Bloco de Esquerda, respetivamente.

167.833 eleitores no concelho de Braga. Eis as freguesias com mais de 5 mil eleitores

A RUM fez um apanhado do número de eleitores aptos a votar nas autárquicas de 12 de outubro, de acordo com dados publicados pela Comissão Nacional de Eleições tendo como data de referência 15 de junho de 2025.

Um total de 167.833 eleitores estão aptos a votar nas eleições autárquicas de outubro, no concelho de Braga. De acordo com os dados publicados no site da CNE e tendo apenas por base as freguesias com mais de cinco mil eleitores, a freguesia de S. Victor continua a acolher o maior número de eleitores: um total de 25.170.

A segunda união de freguesias com mais eleitores é Nogueira, Fraião e Lamaçães, com um total de 13.739 seguida da união de freguesias de Maximinos, Sé e Cividade com 12.884 e São José de S. Lázaro e S. João do Souto com 12246 eleitores recenseados e Real, Dume e Semelhe com 12.159.

Com 11.479 eleitores surge a freguesia de S. Vicente. As restantes freguesias estão todas abaixo dos 10 mil eleitores: a união de Freguesias de Ferreiros e Gondizalves, com 8576 recenseados, Lomar e Arcos com 6325 e Celeirós, Aveleda e Vimieiro com 6065.

Já a vila de Gualtar conta 5799 pessoas aptas a votar e Palmeira 5162.

Os números de 2021 no concelho de Braga

O executivo municipal de Braga é constituído por um total de 11 elementos. Recorde-se que em 2021 estavam inscritos um total de 166.180 eleitores no concelho de Braga tendo exercido o seu direito de voto 94.621. 

A coligação Juntos por Braga venceu por maioria, elegendo um total de seis vereadores para o executivo municipal arrecadando um total de 40.585 votos. Em segundo lugar ficou o Partido Socialista (encabeçado por Hugo Pires) e que arrecadou um total de 29.042 votos, elegendo quatro vereadores. A terceira força política mais votada foi a CDU, na ocasião a candidatura foi encabeçada por Bárbara Seco de Barros, eleita vereadora e recolhendo 6.363 votos. O Chega foi a quarta força política, seguindo-se BE, IL, PAN e Livre.

Votaram em branco para a CMB um total de 3.009 pessoas e foram contabilizados 1.305 votos nulos.