O novo presidente da Escola de Psicologia, Pedro Rosário, quer lançar uma licenciatura em Psicologia em regime pós-laboral e em formato híbrido e uma licenciatura que alie a Psicologia à Tecnologia.

A intenção foi manifestada esta terça-feira, durante a cerimónia da tomada de posse.

O docente acredita que avançar para terrenos que não estão explorados é uma forma de atrair mais alunos e servir melhor a população.

Estas ideias, disse, “respondem a uma necessidade que não está respondida”. “Há pouca oferta em ensino pós-laboral, em Psicologia não há, e a ligação da psicologia à tecnologia é muito importante, numa altura em que a inteligência artificial e os desenvolvimentos da tecnologia se estão a abrir a diferentes públicos é fundamental ter uma componente sobre o comportamento humano que ajude a entender melhor e a modelar a eficácia do uso da tecnologia”, afirmou Pedro Rosário.

O reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, acredita que estes cursos têm margem para avançar, mas deixa um alerta relativamente à expansão da oferta educativa. “O que caracteriza a UMinho, quando olhamos para o desenho da oferta educativa, é essa procura continuada de formações novas, diferenciadas e inovadoras, mas não podemos ter apenas a intenção de aumentar a oferta educativa, quando o desafio maior é o de repensar globalmente a oferta educativa”, alertou. Para Rui Vieira de Castro, "não é por haver mais cursos, que vai haver mais estudantes". 

O professor catedrático, que assume a presidência da Escola nos próximos três anos, quer estar “atento às mudanças do mundo e ajustar os objetivos, quer nas propostas de ensino ou de investigação, para manter o nível excelente, mas também para aumentar a qualidade e a transferência da investigação através do serviço à comunidade”.

Pedro Rosário é o novo presidente da Escola de Psicologia, sucedendo no cargo a Mário Gonçalves, e terá como vice-presidentes Sónia Caridade, Carla Martins e Isabel Soares Silva.

Pedro Rosário leciona a área de aprendizagem, motivação e instrução na licenciatura, mestrado e doutoramento em Portugal e no estrangeiro. Investiga os processos de motivação e autorregulação da aprendizagem e dirige o Grupo Universitário de investigação em autorregulação, com 40 investigadores. Desenvolve projetos nesta área para crianças e jovens ao longo da escolaridade. Três exemplos com repercussão (inter)nacional: Cartas do Gervásio para alunos da Universidade, Sarilhos do Amarelo para crianças até 10 anos, e MENTOR. Este programa de formação de professores em mentoring realizado para o Min-Edu Português foi reconhecido pela União Europeia como uma boa prática. A eficácia destes programas foi testada em diversos países (e.g., Chile, Brasil, Moçambique, Inglaterra, Japão e Espanha).