70% das pessoas saem de casa, todos os dias, de carro e mais de 40% destas percorrem menos de três quilómetros. Os números foram avançados por Olga Pereira, vereadora na Câmara Municipal de Braga, que garantiu ainda que o BRT tem as características necessárias para convencer os bracarenses a adotar um meio de transporte mais sustentável, com flexibilidade e conforto “a preços competitivos”.

A autarca, que foi uma das oradoras no debate “Porquê o BRT?” que decorreu na manhã desta segunda-feira no Centro de Juventude de Braga, defende que “um transporte de alta capacidade, como é o BRT, é a "resposta adequada” para evitar a dependência do carro na cidade. Não só por ser um meio flexível, “que percorre polos de enorme densidade populacional, polos que movem muita gente, como é a universidade, o hospital e a estação de comboios”, mas também por estar “dotado de muitas comodidades” e ter um custo acessível “para que seja competitivo”.

Os desafios “serão imensos, sobretudo nas vias rodoviárias” uma vez que o BRT “não vai ocupar espaço vazio, nem circula pelo ar”. Por andar “maioritariamente” em canal próprio, será preciso criar “um canal dedicado, do zero” e nos casos em que divida espaço com o automóvel, “vai ter priorização semafórica, porque tem que ser uma resposta eficaz para resolver o problema de mobilidade que a cidade hoje em dia enfrenta”, diz.

Não existe, ainda, uma data certa para o início das obras do traçado, mas a vereadora garante que “o contrato de conceção-construção vai ser assinado nos primeiros dias de outubro”.