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Elsa Moura

Academia 30.08.2018 19H17

Orçamento da UMinho para 2019 é o maior de sempre

Escrito por Elsa Moura
Instituições de ensino superior enviam até ao final desta quinta-feira os respectivos orçamentos à Direcção Geral do Orçamento.
Declarações de Rui Vieira de Castro à RUM

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Aproximadamente 150 milhões de euros. É este o valor do Orçamento da Universidade do Minho para 2019. Segundo o reitor da instituição, Rui Vieira de Castro, trata-se do "maior orçamento de sempre" da história da academia minhota. A investigação é a área com mais reforço financeiro. Até meados de Novembro, a UMinho deverá acolher mais trezentos investigadores.


Uma fatia deste valor deve-se ainda à regularização dos vínculos precários na Administração Pública e ao descongelamento nas carreiras. A UMinho prevê gastar cerca de 1,4 milhões de euros a mais com estas regularizações, mas o Estado apenas deverá apoiar com cerca de 980 mil euros.


"Temos o maior orçamento de sempre na Universidade do Minho e o aumento relativamente ao ano passado justifica-se, essencialmente, pelo reforço da actividade da investigação", começa por justificar o reitor. No último concurso da FCT, a UMinho "conseguiu recrutar um número muito expressivo de investigadores que vão enriquecer a Universidade e que trazem associado um incrumento dos valores que a universidade tem de dispender com recursos humanos", sustenta. Em 2019, a actividade de ensino e investigação "tem um peso como nunca teve", acrescentou.


Os novos investigadores (140) chegam de projectos bem sucedidos a que a UMinho se candidatou. Além disso, através da valorização de vínculos de investigadores às instituições chegam 130, perfazendo um total de 270 investigadores. Para o reitor, estes números exprimem "o reconhecimento da actividade da Universidade desta área, e a capacidade que os grupos de investigação têm de captação de financiamento". Um novo contexto que pode "reforçar ainda mais aquilo que é já uma posição muitíssimo interessante que a UMinho tem no contexto nacional e internacional", vincou.


Um orçamento num quadro de "grandes e graves constrangimentos"


Um orçamento "elaborado num quadro de grandes e graves constrangimentos", realça Rui Vieira de Castro. Pela dotação do Orçamento do Estado (OE) a UMinho viu o seu orçamento aumentado em cerca de 900 mil euros, "um valor claramente escasso relativamente aos compromissos com que a universidade se tem de confrontar que resultam de iniciativas tomadas pelo governo nas áreas do descongelamento das carreiras e na vinculação de trabalhadores com vínculos precários.


O reitor da UMinho lembrou, uma vez mais, o protocolo assinado entre o governo e as universidades em 2016 que consistia na responsabilização do Governo para "ressarcir as universidades daquilo que fossem efeitos para os seus orçamentos decorrentes de alterações legislativas". No entanto, a verba disponibilizada "não cobre os aumentos com que a universiade se confronta", alerta. Só em 2019, a Universidade vai ter um impacto de cerca de 1,4 milhões de euros, quando a dotação do governo é de 900 mil euros, "claramente insuficiente". Já no que respeita à vinculação de precários, um conjunto significativo de trabalhadores vai passar para o mapa de pessoal da UMinho, resultando em encargos "na ordem de 1,5 milhões de euros". Até este momento "não houve nenhuma dotação por parte do governo", lembrou. 


Rui Vieira de Castro afirma que este dossier "não está fechado", aguardando que nas próximas semanas possa haver "alguma notícia". A integração dos trabalhadores precários "não pode ser feita pura e simplesmente à custa das receitas das próprias instituições" que devem ser alocadas para "outro tipo de despesas", rematou.



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