A Orquestra XXI nasceu em 2013 e reúne perto de uma centena de jovens músicos portugueses residentes no estrangeiro. Este sábado, sobe ao palco do Theatro Circo para um concerto dedicado à 2.ª Sinfonia de Robert Schumann.

Com direção musical de Dinis Sousa, o programa conta ainda com a presença da solista Maria Włoszczowska, "uma violinista premiada internacionalmente de origem polaca", na interpretação do concerto para violino e orquestra n.º 5 de Mozart e assinala também a estreia nacional da peça para cordas ‘Elongation of Nights’, da compositora lituana Justė Janulytė.

Aos microfones da RUM, o maestro promete um concerto "imperdível" num palco que a orquestra, que conta com músicos minhotos, pisou pela última vez em 2016. Sobre as expectativas, Dinis Sousa diz serem "grandes".

"Já não tocávamos no Theatro Circo há muitos anos e há muitos músicos de Braga e arredores na orquestra, músicos que estudaram aqui e que foram viver para o estrangeiro, e, portanto, sempre que vimos a Braga temos esta ligação especial com a cidade e com o Theatro Circo que é lindíssimo", revela.

A obra de Robert Schumann, escrita durante um período particularmente difícil da vida do compositor, marca uma profunda reinvenção da sua linguagem musical. É, por isso, para Dinis Sousa, uma obra "linda" e uma das suas "favoritas".

"É uma obra muito emocionante e com muitos contrastes. O compositor era uma pessoa com imensas personalidades diferentes, era um bocado como o Fernando Pessoa que tinha vários pseudónimos, e na música dele nota-se muito os carateres super extremos. Às vezes, no espaço de uns segundos, aquilo passa de uma música absolutamente lindíssima e apaixonada para uma tempestade, ou seja, a música é muito emocionante de tocar e também de ouvir porque depois acaba com um final absolutamente grandioso", considera o maestro.

O concerto está marcado para às 21h30.