Muita improvisação e um festim sensorial para ‘ficar vivo’. É com este objetivo que os Caveira invadem o gnration, este sábado, num concerto que pode ter, segundo um dos fundadores da banda, Pedro Gomes, “tudo e mais alguma coisa”. O espetáculovai ter lugar na blackbox do espaço bracarense, às 18h00.

O grupo regressa a Braga para apresentar o primeiro registo em estúdio que será “inteiramente diferente do que o público vai ver em palco”. “É algo que temos insistido ao longo da última década, que é justamente construir um trabalho idiomático de improvisação ao longo do tempo”, refere Pedro Gomes.

O álbum ‘Ficar Vivo’, primeiro do grupo, editado em 2024, surge, para um dos fundadores da banda, no momento "ideal", pois “durante muito tempo não havia um estúdio que tivesse condições para fazer algo que, de facto, valesse a pena”. Segundo Pedro Gomes, o trabalho ao vivo do grupo é “militantemente muito lisboeta, e era preciso chegar ao produto final sonoro e musical gravado”.

Após quase vinte anos de carreira, Pedro Gomes garante que a energia do grupo permanece a mesma e, a nível de som, mantém “a qualidade textural da música que trabalham”. Perspetiva que, desta vez, leve melhores lembranças do concerto. Recorda que, na primeira vez, a meio do concerto, o músico abriu os olhos e "tinha um metaleiro" entre ele e os amplificadores. “Foi a única vez na vida que dei com a minha guitarra na cabeça de alguém que não fazia ideia quem era”, lembra. 

Para o concerto marcado para este sábado, Pedro Gomes garante que "será pacífico". "As crianças também são convidadas", finaliza, em forma de brincadeira.

*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Liliana Oliveira