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Liliana Oliveira

Academia 12.09.2023 11H26

Portugal com elevado crescimento de jovens que concluíram o ensino superior

Escrito por Liliana Oliveira
De acordo com o relatório Education at a Glance 2023, da OCDE. 

De acordo com o relatório Education at a Glance 2023, da OCDE, Portugal apresenta um elevado crescimento, na percentagem de jovens entre os 25 e os 34 anos que concluíram o ensino superior, passando de 33% em 2015 para 44% em 2021.


O estudo demonstra uma evolução bastante positiva de Portugal na generalidade dos indicadores que traçam o retrato atual da Educação. O país apresenta uma significativa diminuição dos que não tinham qualificações de nível secundário (de 33% para 17%), ao passo que a percentagem de jovens entre os 25 e os 34 anos com qualificações de nível secundário aumentou 5 pontos percentuais, sobretudo em resultado do aumento da percentagem de jovens com qualificações de nível secundário profissional (de 14% para 20%).


Portugal aquém da OCDE no ensino profissional 


Apesar de a percentagem de matriculados no ensino profissional ainda não ter atingido a média da OCDE,  os últimos dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência mostram que, em 2021, 70% dos jovens, que se matricularem três anos antes, concluíram os cursos profissionais (em 2014/15 este valor era apenas de 53%) e 24% estavam inscritos no ensino superior no ano seguinte (em 2014/15; 15%).


"Esta evolução revela o caminho que tem sido seguido por Portugal nesta área, com especial destaque para a criação dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais, o financiamento dos cursos profissionais, a criação de condições especiais de acesso ao ensino superior para alunos que concluam o secundário por esta via e sobretudo pela aposta na valorização dos cursos de dupla certificação enquanto oferta que prepara os jovens para uma mais fácil e qualificada inserção no mercado de trabalho, permitindo em simultâneo o prosseguimento de estudos ao nível pós-secundário e ensino superior", enaltece o Governo. 



Segundo a OCDE, a percentagem de jovens entre os 18 e os 24 anos que não estão empregados, nem a frequentar programas de educação ou formação (NEET) é em Portugal de 11,4% (menos 2,9 p.p do que no ano anterior), valor inferior aos 14,7% registados, em média, na OCDE. Se consideramos apenas os jovens com ensino superior, este valor baixa para os 9,8%, o que coloca Portugal abaixo da média da OCDE (9,9%).


Na faixa etária dos 25 aos 34 anos, em média, nos países da OCDE, as taxas de emprego de jovens com ensino superior são 8 pontos percentuais mais elevadas do que daqueles que atingiram o ensino secundário ou pós-secundário não superior e 26 pontos percentuais mais elevados do que os que têm o 3.º ciclo do ensino básico ou abaixo. Em Portugal, esta diferença é de 5 e 18 pontos percentuais.


Nos países da OCDE, jovens que concluíram o ensino superior ganham 44% mais do que os que concluíram o ensino secundário


Em média, nos países da OCDE, os jovens adultos que concluíram o ensino superior ou equivalente ganham 44% mais do que os que concluíram o ensino secundário ou o ensino pós-secundário não superior profissional, enquanto os que concluíram o ensino superior de ciclo curto ganham, em média, 17% mais (em Portugal estas percentagens são de 58% e 16%, respetivamente).


Em Portugal, tomando com referência o ensino secundário, os rendimentos obtidos por indivíduos entre os 25 e os 64 anos cujo nível de escolaridade é o 3.º ciclo do ensino básico ou inferior são, em média, 17% inferiores; e os rendimentos obtidos por indivíduos cujo nível de escolaridade é o ensino superior são, em média, 71% superiores (valor superior à média da OCDE, onde os rendimentos obtidos por indivíduos cujo nível de escolaridade é o ensino superior são, em média, 56% superiores aos obtidos pelos indivíduos cujo nível de escolaridade é o ensino secundário) .


Portugal apresenta elevadas taxas de participação na educação pré-escolar, sendo de destacar as 78% das inscrições nas crianças com 3 anos (face à média da OCDE de 73%).


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