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Vanessa Batista

Academia 19.04.2024 09H21

Portugal investe 123ME para promoção de uma verdadeira "Drivolution"

Escrito por Vanessa Batista
Projeto financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), um consórcio que junta cerca de 20 empresas e 20 organismos do sistema científico e tecnológico, quer desenvolver novos materiais mais leves e resistentes assim como automatizar as linhas de produção.

Materiais mais leves, com maior tempo de vida útil e linhas de produção de automóveis 100% automatizadas. Estes são alguns dos objetivos do projeto financiado em 123 milhões de euros pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o “Drivolution – Transição para a Fábrica do Futuro”.


A Universidade do Minho, em especial o Centro de Física da Escola de Ciências, é copromotor do trabalho, estando envolvido em duas agendas de trabalho orçadas em 1,3 milhões de euros. O projeto arrancou oficialmente em 2021. 


Uma das metas do "Drivolution" passa, de acordo com o investigador da UMinho Armando Ferreira, por conseguir reduzir o peso dos veículos elétricos. Isto será possível através da produção de materiais mais leves, nomeadamente, com revestimento de filmes finos de peças. Contudo, estes sensores continuam a ter funções de sensorização, pressão, temperatura e vibração.


"Estamos a falar de botões para colocar no automóvel. A outra parte passa por revestimentos duros que possam permitir que as ferramentas tenham um tempo de vida mais longo e, com isso, reduzir a nossa pegada carbónica", refere. A equipa espera conseguir aumentar em 10% a vida útil dos materiais.


"Nós estamos habituados a sensores físicos que ocupam demasiado espaço. O que estamos a fazer é colocar um revestimento. Então, reduzimos o material, mas temos as mesmas funções", explica. Esse material, aponta o investigador da UMinho, pode ser até 10x mais pequeno que um fio de cabelo.


Por outro lado, nas fábricas, o "Drivolution" irá alterar por completo o modo como se olha para a produção. "Vamos ter uma interação homem-máquina em chão de fábrica que, até ao momento, tem sido muito no papel, e agora vamos passá-lo à realidade", declara.


Em janeiro foi anunciado que a Autoeuropa iria sair deste consórcio por não cumprir um requisito ambiental. A situação proporcionou a entrada da Faurecia, uma empresa com presença em 33 países com especial foco no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a segurança e personalização da mobilidade. No entanto, o investigador frisa que a gigante alemã continuará a ser importante na fase de testes quer dos sensores quer em chão de fábrica. 


- ENTREVISTA COMPLETA AO UMINHO I&D JÁ ESTÁ DISPONÍVEL AQUI - 

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