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Elsa Moura

Regional 30.03.2023 17H14

Projeto para parque desportivo de Gualtar está a ser reformulado

Escrito por Elsa Moura
A confirmação foi feita à RUM pela vereadora do Desporto, Sameiro Araújo. Esta semana, aos microfones da RUM, o presidente da junta de Gualtar lamentou o atraso deste projeto há muito reivindicado.

O presidente da Junta de Freguesia de Gualtar, João Vieira, lamenta que o projeto do antigo campo de jogos continue sem sair do papel. Em 2020 a UMinho e a CMB assinaram um protocolo tendo em vista a cedência de utilização conjunta dos terrenos do antigo campo de jogos de Gualtar, situados junto ao Hospital de Braga. Em setembro desse ano, a própria autarquia admitia que nestes cerca de 40 hectares, o Município de Braga iria criar um novo parque desportivo e de lazer, num investimento de cerca de dois milhões de euros.


Com três clubes em Gualtar, os atletas são obrigados a desenvolver a sua atividade desportiva noutras freguesias do concelho, uma situação que o autarca lamentou. "Temos quatro clubes, e três deles temos que pagar para que eles joguem noutras freguesias, porque tendo o espaço com projeto antes das eleições, a obra continua por executar, portanto, continuamos a ter uma freguesia que tem algum défice nessa oferta", admitiu no programa de grande entrevista da RUM.


UMinho cedeu terreno à Câmara de Braga para que ali nasça um equipamento que responda às necessidades da freguesia e da instituição de ensino superior


O equipamento surgirá de um acordo entre o município de Braga e a Universidade do Minho, servindo a instituição e os clubes. "Tem uma área verde com cerca de 30 mil metros quadrados e dentro dessa área tem esse espaço desportivo que teria também par uso da UMinho e serviria os clubes da freguesia de Gualtar. Foi-me explicado que o orçamento praticamente duplicou, mas a verdade é que é preciso haver decisões e tem que se perceber que Gualtar não pode continuar a ser uma freguesia que tem jovens a jogar nas freguesias à volta", explicou.


Na nota de 2020 publicada pelo município de Braga era referido que o projecto incluiria a requalificação integral do campo de jogos existente e a criação de uma rede de percursos pedestres no parque adjacente, apontando a conclusão da obra para o final do primeiro trimestre de 2022, ficando ambas as valências abertas à fruição dos membros da academia e do público em geral.


Contactada pela RUM, a vereadora do Desporto, Sameiro Araújo, explicou que o processo está pendente das alterações ao projeto solicitadas pelo município ao arquiteto responsável.


Na opinião da também vice-presidente da Câmara Municipal de Braga, a proposta inicial da UMinho apresentava "demasiadas valências que resultariam num orçamento acima das expetativas da autarquia". O arquiteto estará a fazer “uma reformulação” que, entretanto, será avaliada pelo gabinete, confirmou.


Ainda de acordo com a responsável, o projeto da UMinho apresentava dois campos de futebol, e a autarquia sugere que seja construído apenas um, mas "com todas as medidas oficiais". A capacidade da bancada também deverá ser inferior à proposta inicial (400 lugares). A autarquia sugeriu ainda uma redução no número de salas.


Detalhes do acordo de 2020 entre CMB e UMinho


Segundo o protocolo firmado entre as partes, a autarquia Bracarense ficará responsável pelo desenvolvimento do projecto de reabilitação e manutenção do campo de futebol (55mx90m), construção de bancada com 400 lugares e dos balneários.


Ao Município de Braga caberá ainda a responsabilidade de colocação da iluminação, realização de trabalhos de drenagem e abastecimento de água, beneficiação e manutenção da rede de percursos pedonais e a beneficiação e manutenção das diversas clareiras e das cinco portas de entrada no parque. O projecto inclui igualmente uma intervenção na Rua Maria Delfina Gomes, a reformulação de passeios e a criação de novos lugares de estacionamento.


Por seu turno, a Universidade do Minho ficará responsável pelo desenvolvimento do projecto de arquitectura da intervenção global (à excepção do campo de futebol, bancadas e balneários), pela reflorestação arbórea, manutenção dos espaços verdes, instalação de sistema de videovigilância, nos termos legalmente permitidos, nos circuitos pedonais e clareiras.

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