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Liliana Oliveira

Academia 14.01.2025 10H49

PROMETHEUS-1 “tem uma previsão de permanência em órbita de sete anos"

Escrito por Liliana Oliveira
UMinho lança hoje, às 18h50, o primeiro satélite para o Espaço.
Declarações do investigador Alexandre Ferreira da Silva, que está a liderar o projeto

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Estamos a poucas horas de um momento histórico para a Universidade do Minho, que lança hoje o primeiro satélite, às 18:50, a partir a partir do porto espacial Vanderberg, na Califórnia.

O momento será acompanhado no campus de Azurém, a partir das 18h00, momento em que será assinado um protocolo entre a UMinho e a Força Aérea Portuguesa.

O objeto segue à boleia de um foguetão Falcon 9 da Space X e “vai ficar a cerca de 500 quilómetros de altitude e coletar dados úteis para a comunidade académica e científica”.

Este projeto está a ser liderado por Alexandre Ferreira da Silva. Segundo o investigador da Escola de Engenharia, o PROMETHEUS-1 “tem uma previsão de permanência em órbita de sete anos, mas tem um tempo de vida funcional de aproximadamente dois anos”, uma vez que “o ambiente espacial será demasiado agressivo para os componentes que vão a bordo devido à radiação”.


O objetivo, acrescenta o responsável, será usar o satélite em contexto de sala de aula, “para processo de aprendizagem”. “Estando em órbita, podemos dar início ao ensino de processos de operação de satélite, obtenção de dados da saúde do próprio satélite, estado das baterias, temperaturas e acelerações, que vão permitir, ao longo do tempo, acompanhar a evolução em órbita”, detalhou.

Esta experiência poderá ser útil não apenas aos alunos de Engenharia Aeroespacial, mas também de Engenharia Eletrónica e de Telecomunicações.

Ainda que, esta terça-feira, algo possa correr mal, segundo o investigador, “nesta fase, o risco deverá ser diminuto, face ao histórico de lançamentos da Space X”. “A dúvida está no pós-lançamento quando é feita a libertação do satélite em órbita, porque não sabemos em que estado chegou lá e temos que o encontrar para fazer ligação”, apontou.


Alexandre Silva adianta ainda que, por enquanto, não se pensa num Prometheus-2, ainda que essa ideia esteja “no alinhamento temporal, a médio prazo”. No entanto, a ideia era que, nessa altura, fosse gerado com base em ideias que tenham resultado de trabalhos de alunos”. “Isso significaria que o Prometheus-1 estaria a realizar o seu trabalho na fase formativa dos alunos”, justificou.

Este projeto conta com um financiamento global de 100 mil euros.


O lançamento do satélite PROMETHEUS-1 está agendado para as 18:50, a partir a partir do porto espacial Vanderberg, na Califórnia, e vai ser acompanhado numa cerimóna, a partir das 18:00, no hall do edifício 1 do campus de Azurém da UMinho, em Guimarães. O objeto segue à boleia de um foguetão Falcon 9 da Space X.

De acordo com a UMinho, o projeto “contribui para afirmar a ciência e a indústria portuguesa no espaço”.

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