O vereador do PS em Braga, Artur Feio, considera que “nada foi feito” desde que a autarquia apresentou o plano de reorganização do Nó de Infias, há cerca de um ano. O assunto foi levantado, esta quarta-feira, junto ao local, em conferência de imprensa.

De acordo com Artur Feio, “não há sequer um projeto”, algo que é “absolutamente preocupante”, desafiando o presidente da Câmara Municipal "a assumir publicamente que não vai conseguir cumprir um dos principais desígnios da sua candidatura”. O líder da oposição diz que “o problema dificilmente ficará resolvido em dois ou três anos”, ou seja, até ao final do mandato, alertando que a situação está a piorar.

“Aquilo que nós percebemos é que se tem deteriorado a cada dia que passa. As filas são cada vez mais. Às 8h30 ou 9h, as filas são intermináveis, muitas vezes chegam ao Nova Arcada para quem vem no sentido Vila Verde - Braga e, ao fim da tarde, isto rapidamente, em 20 minutos, se transforma num caos absoluto”, exemplifica.

Contactado pela RUM, o presidente da Câmara de Braga recusa o repto lançado pelo PS e esclarece que a responsabilidade está nas mãos da Infraestruturas de Portugal (IP) e do Governo. Ricardo Rio acrescenta que depende de “um compromisso político” do executivo liderado por António Costa para que seja “um projeto prioritário”. “Esse é que devia ser o foco dos vereadores do Partido Socialista, que têm a mesma filiação partidária”, atira.

Da parte da autarquia garante que se encontra “a trabalhar com a IP para que a obra possa ser concursada ainda no presente ano e que, em 2024, avance para a sua execução”, o que permitiria a sua conclusão “ainda dentro do mandato”. Ricardo Rio não esconde “alguma deceção” pelo facto de, no seu entender, os vereadores do PS estarem “a fazer um circo mediático em torno de questões que interessam aos bracarenses”, acusando-os de “dizer disparates”.

A obra do Nó de Infias, que ronda os seis milhões de euros, prevê uma ligação direta para os movimentos Norte/Este e Oeste/Norte, através da execução de um viaduto bidirecional com cerca de 220 metros de extensão e 12 de largura.

De acordo com o plano apresentado, a solução encontrada vai permitir uma redução superior a 4 quilómetros das filas na hora de ponta da tarde, que agora são de 4,3 quilómetros e que passarão a ser de apenas 0,1. Na hora de ponta da manhã, as filas passarão de 2,4 quilómetros para 0,4.