O Partido Socialista voltou a partilhar, na reunião de Câmara de sexta-feira, a insatisfação de alguns autarcas locais, relativamente aos serviços prestados pela AGERE, nomeadamente no que diz respeito à limpeza urbana.

Artur Feio mencionou novamente o aumento do valor do contrato-programa entre a empresa e o município (+1,5 ME) e lembrou as “expectativas de algumas juntas de freguesia que reclamavam, do ponto de vista da higiene urbana, mais equipamento ou meios humanos”.

“A verdade é que houve já uma série de reuniões com algumas juntas de freguesia e aquilo que percebemos é que, de facto, fica aquém daquilo que era a expectativa dessas juntas de freguesia, nomeadamente nos investimentos”, afirmou o socialista.

Artur Feio deu o exemplo concreto da Junta de Freguesia de Gualtar, “que é das que mais equipamentos tem no território, e não houve grandes desenvolvimentos”, ou seja, “quebrou-se aqui um bocadinho o compromisso que havia de fazer alguns investimentos”. O vereador da oposição lamenta que a AGERE tenha “investido tão pouco”. “Entendemos que, pelo menos, ao nível da varredura do espaço urbano, esse investimento devia existir”, finalizou.

Na resposta, o presidente da Câmara, Ricardo Rio, reconhece que todas as freguesias gostariam de ter mais meios, mas, lembrou, “é necessário ter um equilíbrio, porque mais serviço obriga a mais investimento e tem que haver uma avaliação daquilo que é comportável”.

“Aquilo que está a ser feito em articulação com as juntas de freguesia é clarificar o caderno de encargos, definir de forma transparente o nível de serviço que se pretende em cada um dos territórios, os mecanismos de controlo e monitorização desse mesmo desempenho e, em função disso, tomar opções”, explicou o autarca, dando nota de que este é um processo que “vai produzir resultados seguramente ao longo dos próximos meses”.