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Liliana Oliveira

Regional 19.03.2025 11H27

Quase 158ME e 30 minutos para ligar Guimarães a Braga por metrobus

Escrito por Liliana Oliveira
Câmara de Guimarães revela que o projeto prevê 12+4 paragens/estações.

A Câmara Municipal de Guimarães diz que a duração da viagem de metrobus Guimarães Braga-AV (Alta Velocidade), com paragem na vila das Taipas, deverá durar cerca de 30 minutos.

O investimento, previsto no Relatório Final do Estudo, é de 157,8 Milhões de euros para a solução BRT simples. Os 300 milhões de euros, esclarece o município em comunicado, está relacionado com “um upgrade da infraestrutura, de forma a, mais tarde, poder ser transformado num metro com carril e catenária”. Numa primeira fase, o objetivo “é resolver a mobilidade de transporte público de passageiros, em via dedicada, de ligação da Cidade – Taipas – Ave Park e Braga”.


Em comunicado, a autarquia vimaranense alega que a decisão de avançar inicialmente com o Metrobus e não com um sistema de metro ligeiro não pode ser “dissociada dos custos de operação”. “Uma coisa é preparar a plataforma para um futuro metro ligeiro, outra coisa é fazê-lo à partida, quando a procura não o justifica, impondo défices de exploração e custos em aquisição e manutenção de material circulante insustentáveis”, acrescenta.

Na nota enviada às redações, “a autarquia esclarece que não é correto dizer que com o BRT o tempo de percurso até à estação de alta velocidade é de 45 minutos. Esse tempo é calculado para viagens não diretas, com o veículo a servir todas as estações intermédias”, apontando para uma viagem de aproximadamente meia hora.


“Acresce aos serviços diretos referidos, os serviços de conexão Guimarães – Fermentões- Ponte-Taipas – Ave Park; Guimarães – Taipas – Braga AV, com paragens ao longo do percurso, servindo as necessidades de transporte público da população, com proximidade aos locais onde as pessoas moram, estudam e trabalham”, apontam.

O executivo socialista refere ainda que “o que se objetiva como estratégico é a oferta de um transporte público com fiabilidade, certeza de horários, seguro e confortável, exatamente, para descongestionar o saturado transporte rodoviário na base do carro individual”. “Importa também referir que esta solução de BRT/ MetroBus permitirá o serviço local de transporte público, em todo o seu trajeto, apoiado em 12+4 paragens/estações, localizadas entre Guimarães e o limite do concelho, e a Vila das Taipas e o Avepark, o que como é obvio não é possível garantir num percurso de auto- estrada”. São elas: Guimarães Estádio, Cepsa, Caneiros, Fermentões 1, Fermentões 2, São João da Ponte, Ponte, S. Gemil, Taipas Av. República, Taipas Av. 25 de Abril, São Martinho de Sande, Balazar e, no troço Taipas - AvePark as estações Taipas Av. 25 de Abril, Charneca, Av. Combatentes, AvePark e Barco Zona Industrial. Quanto ao troço Morreira-Braga Minho Park estão previstas as estações Trandeiras, Esporões, S. Paio d'Arcos, Nogueira, Espadanido e Minho Park.


A autarquia liderada por Domingos Bragança está certa que “a concretização do BRT de Guimarães é um investimento estratégico na área da mobilidade sustentável das cidades”, mas também a mobilidade interna do concelho.

“A frequência de ligações será significativamente superior à das ligações ferroviárias atuais entre Guimarães e Porto, o que permitirá um sistema de transporte público mais eficiente e acessível. Na verdade, o problema maior é que a frequência de ligações por ferrovia entre Guimarães e Porto nunca pode sequer aproximar-se da frequência de ligações por BRT /MetroBus entre Guimarães e Braga, o sistema de mobilidade urbana das duas cidades que liga à Alta Velocidade. A opção direta ferroviária para o Porto significaria um bloqueio de acessibilidade e o isolamento de Guimarães, bem visível no serviço atualmente prestado num ramal que é de via única”.


A Câmara de Guimarães defende que “um projeto ferroviário alargado, que incluísse cidades como Barcelos, Esposende, Felgueiras e Amarante, é uma miragem que ocasionalmente é referida e que não tem a mínima possibilidade de encontrar uma equação de viabilidade financeira (procura), nem tão pouco existiriam os recursos financeiros para tal investimento, que ascenderia a milhares de milhões de euros”. “É um cenário que não vai acontecer, pelo que se optou por não trabalhar sobre cenários inverosímeis”, finaliza.


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