Regional 17.02.2023 07H00
Requalificação do edifício António Maria Santos da Cunha concluída em 2025
A apresentação do Projeto de Requalificação e Ampliação do edifício António Maria Santos da Cunha, parte do antigo Complexo do Hospital de S. Marcos, decorreu esta quinta-feira, no Palácio do Raio.
Atualmente na fase de demolições, a requalificação e ampliação do edifício António Maria Santos da Cunha, parte do antigo Complexo do Hospital de S. Marcos e última que falta restaurar, deverá estar concluída no primeiro semestre de 2025.
O edifício destina-se a abrigar o novo Complexo Social e de Saúde da Santa Casa da Misericórdia de Braga, designadamente Cuidados Continuados, Residências Assistidas, ERPI´s, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário.
A recuperação do equipamento está avaliada em cerca de 13 milhões de euros e conta com o apoio de 3,7 milhões para as ERPI´s, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Na apresentação do Projeto de Requalificação e Ampliação, que decorreu esta quinta-feira, no Palácio do Raio, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Braga, Bernardo Reis, revelou que, neste momento, aguardam a abertura de novos concursos.
"O projeto foi concluído em 2022 e submetido a concurso público, tendo ficado com a empreitada a empresa Costeira. O licenciamento foi aprovado em finais de 2022 e as obras arrancaram em janeiro de 2023. Estamos na fase de demolições e se tudo correr normalmente, a requalificação poderá ficar concluída no primeiro semestre de 2025", referiu o provedor, salientando o "investimento elevado" do projeto que considera "fundamental".
"Trata-se de um projeto de investimento que procura dar resposta às necessidades da população no que se refere à procura de Unidades de Cuidados Continuados, uma vez que mais de 23% da população portuguesa era idosa em 2021, um fenómeno de envelhecimento que se agravou na última década", sublinha.
Bernardo Reis fala de uma requalificação "inovadora e estratégica para a Misericórdia e para Braga" e avança que o novo complexo terá a capacidade para mais de 200 utentes.
Carlos Valério, mesário da Misericórdia, destaca o impacto que o equipamento terá na cidade e no país e evidencia a necessidade da requalificação tendo em conta a "falta de camas dedicadas a cuidados continuados e nos lares". "Neste momento, em Portugal, temos uma necessidade prevista de 15 mil camas e temos apenas 9.783, faltam 5.217. Em Braga, com os seus 190 mil habitantes, há apenas 20 camas de cuidados continuados o que é muito insuficiente", frisa.