Academia 25.01.2023 15H42
Residência Santa Tecla: Estudantes exigem mais condições e segurança
Comissão de Residentes garante que existem vários quartos inutilizados devido à humidade e bolor nas paredes. Alegadamente, um dos porteiros já terá sido assaltado dentro da residência universitária.
Os estudantes da residência universitária de Santa Tecla exigem melhores condições e mais segurança. Desde outubro que a Comissão de Residentes tem a circular um abaixo assinado, onde denunciam a existência de quartos inutilizados devido a infiltrações e presença de bolor nas paredes que, segundo a Organização Mundial de Saúde pode ter efeitos na saúde respiratória, incluindo o desenvolvimento de asma. No que toca a equipamentos, são quase 40 os mini frigoríficos que estão avariados desde outubro.
A Comissão fala também em filas de 1h30, durante dois meses, para utilizar a única máquina de lavar roupa operacional para cerca de 500 alunos da Universidade do Minho.
A RUM conversou com a coordenadora-geral da Comissão de Residentes da Residência Universitária de Santa Tecla, Maria João Marques, que alertou para a "sensação de insegurança" dos residentes, visto há vários meses que muitas das fechaduras do bloco D e E estão estragadas. Uma situação que é do conhecimento da reitoria e dos SASUM - Serviços de Ação Social. De acordo com a comissão, está prevista a instalação de um sistema com recurso a impressões digitais.
Não existem rondas de segurança, devido ao baixo orçamento dos SASUM, a responsável relata que um dos porteiros já foi assaltado dentro da residência. Existem ainda testemunhos de entradas no edifício durante a madrugada de pessoas externas à academia.
A falta de condições estende-se à sala de estudo do Bloco A, onde nas fotografias enviadas à Universitária, pode ver-se um buraco que permite que chova dentro das instalações. Nos quartos, são vários os relatos de colchões com "molas a sair", o que provoco desconforto aos estudantes deslocados.
De realçar que, apesar da falta de condições descrita, os residentes viram o preço aumentar, este ano letivo, em cerca de sete euros para bolseiros e na ordem dos 30 euros para não bolseiros.
Maria João Marques revela que os estudantes sentem-se encurralados, pois faltam opções na cidade dos arcebispos e as que existem estão a preços especulativos.
O abaixo assinado surge, nas palavras da porta-voz, como um grito de ajuda, uma vez que os residentes de Santa Tecla sentem-se "sozinhos" e "sem apoio".
A RUM contactou a administradora dos SASUM, Alexandra Seixas, que garantiu que, até meados de fevereiro, deverão chegar a Santa Tecla as prometidas máquinas de lavar, secar e os mini frigoríficos. Em relação às fechaduras, a administradora remeteu mais esclarecimentos para o Departamento de Apoio Social que a Universitária contactou, mas até ao momento sem sucesso.
Para esta sexta-feira, está agendada uma reunião entre a Comissão de Residentes e a administradora dos SASUM para definir prioridades e fazer um levantamento das necessidades nas residências de Braga e Guimarães. A RUM sabe que não deverá existir orçamento para obras estruturais. Recorde-se que os alunos da residência de Azurém não têm uma cozinha.
O abaixo assinado em que os residentes da residência Universitária de Santa Tecla exigem melhores condições e segurança conta com 261 assinaturas.